"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

NOVA REVOLUÇÃO?

Lamentavelmente estamos nos encaminhando nessa direção. Os componentes que a propiciam estão presentes e aumentando.
 
As revoluções da classe “A” costumam ser palacianas, como o impeachment do Collor.

São realizadas no âmbito das elites, mas necessitam contar com pelo menos o concordo das Forças Armadas e com expressiva insatisfação popular.

Para haver uma revolução de classe média, como a de 64, é indispensável também alguma  insatisfação popular e é por demais evidente a insatisfação com a corrupção dos congressistas, com a inércia do Judiciário e com a sequência das greves e das depredações.

Mais do que a insatisfação é necessário uma irredutível divergência dessa classe com o Governo e, mais ainda, o envolvimento das Forças Armadas, pois a classe “B” tem pouca disposição para lutar e sempre desejará que alguém lute por ela e somente se levantará sentindo-se ameaçada, inclusive de invasão de suas casas.

Isto está iniciando, menos por motivos políticos, mais por conta da (in)Segurança Pública. Não nos estenderemos sobre as classes baixas (C e D) por essas, no momento, não terem motivações para uma revolução. Talvez encontrem algum motivo para se opor a mesma. Contudo, em grande parte, considerariam desejáveis um pouco mais de ordem e a punição severa da corrupção.

INSATISFAÇÕES

Qualquer analista concordará que está em formação uma massa crítica de insatisfações e que o caminho é perigoso. Que, embora a insatisfação tenha motivos reais, é insuflada também pelo estrangeiro, ou melhor, pela oligarquia financeira internacional.
Como a insatisfação tende a crescer, pode chegar a uma massa explosiva e se conseguir o envolvimento ou ao menos a neutralidade  das Forças Armadas o caminho da revolução estará aberto.

Mesmo havendo uma massa crítica, ela só explode com um evento acionador.
A “espoleta” de nova revolução será a reação dos produtores rurais ao absurdo das invasões dos movimentos indigenistas, aos desmandos ambientalistas e aos esbulhos dos truculentos movimentos dos sem terra. Privados de apoio no Judiciário os fazendeiros já criam as suas milícias. Aí temos divergências irredutíveis e forças reativas, prontas para iniciarem o conflito. Em 64 a espoleta foi o governo da Minas. As Forças Armadas, descontentes,  simplesmente aderiram.

E agora, as Forças Armadas, como se portarão?
– Ainda é uma incógnita. Excepcionalmente espezinhadas no governo FHC e menosprezadas no governo Lula, foram aos poucos levantando as restrições no atual governo, quando começaram a ser ligeiramente mais bem tratadas.
Entretanto, as imbecilidades da Comissão da Verdade e da Ministra dos Direitos Humanos impedem a adesão emocional à comandante suprema.

A tradição das Forças Armadas é de legalidade, tradição herdada de Caxias. O rompimento da legalidade em 64 foi algo excepcional, algo pedido por toda a população.
Já a Proclamação da República foi o resultado de uma conspiração espúria quase restrita a  insatisfação militar, naturalmente insuflada pela insatisfação da elite de então – os fazendeiros que perderam seus escravos.
O povo da Capital manteve-se neutro, ou bestificado, como se falou então. No interior a República foi imposta a manu militari.

Haverá uma nova revolução? Que característica terá? A quem servirá? Será insuflada do exterior? O que Caxias diria?

Certamente o mesmo que disse aos farroupilhas: Unamo-nos e marchemos ombro a ombro e não peito a peito, em defesa da Pátria que é a nossa mãe comum.
Que Deus abençoe o nosso País.
 
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGNosso colaborador Gelio Fregapani é coronel da reserva e tem informações internas. Realmente, há insatisfação nos quartéis. Há alguns dias, numa Convenção em Brasília, dois oficiais-generais da ativa fizeram duras críticas ao governo. O jornalista que ouviu seus pronunciamentos perguntou se podia publicar as críticas e eles disseram que sim. Isso tem um significado. Todo cuidado é pouco. (C.N.)
 
12 de novembro de 2013
Gelio Fregapani

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