Todo indivíduo tem de lidar com a escassez. Enquanto as necessidades e desejos são inúmeros, os recursos disponíveis para satisfazê-los são sempre limitados. A necessidade de escolher é uma consequência natural desse impasse. A impossibilidade de se alcançar satisfação plena obriga as pessoas a sempre buscarem a melhor alternativa.
Em razão disso, é muito importante que se leve em consideração o custo de oportunidade em todas as situações. O custo de oportunidade pode ser definido como o valor da oportunidade da qual se abriu mão para que determinado bem ou serviço escolhido fosse adquirido.
Quando se encontram em um ambiente de livre troca, ofertantes e demandantes, levando em consideração os seus custos de oportunidade e disponibilidade de recursos, negociam até encontrarem o ponto de equilíbrio entre as suas expectativas, que será manifestado através do preço resultante.
Mas, diferentemente do que ocorre no ambiente livre do mercado, o governo confunde os consumidores a respeito dos sinais lançados pelo mecanismo dos preços, através de impostos e subsídios — além da oferta de serviços “gratuitos”. Isso acontece pelo desprezo dos governantes pelo problema da escassez.
“A primeira lei da economia é a escassez. E a primeira lei da política é ignorar a primeira lei da economia”, explicou Thomas Sowell. Tal verdade pode ser observada diariamente nos negócios governamentais.
Apoiando empresas estatais com os “seus” recursos abundantes, o governo promove uma competição desleal em favor dos seus serviços.
Dessa maneira, a entrada (e permanência) de outras empresas privadas no mercado se torna cada vez mais difícil. Poucos são capazes — ou estão dispostos a correrem os riscos — de se lançarem em um mercado em que terão de competir contra um adversário que ignora as limitações impostas pelas simples regras que regem uma economia.
Além do mais, bem ou serviço estatal algum é oferecido de graça, como popularmente se supõe. A conta é sempre encaminhada para o pagador de impostos, comumente chamado de contribuinte no Brasil, como se este voluntariamente concordasse em abrir mão de aproximadamente 40% da sua renda em troca de serviços ineficientes — problema que poderia facilmente ser resolvido, não fosse o governo tão eficaz em eliminar a concorrência ao ignorar as restrições que a escassez de recursos impõe.
Não haveria a necessidade em se pensar em alocação de recursos se não existisse escassez. E é essa a mentalidade constantemente reforçada por políticos que insistem em ignorar a lei mais elementar da economia.
A compreensão do conceito de escassez é fator decisivo, que diferencia um governo sadio e responsável de um governo esbanjador e pouco eficiente.
12 de novembro de 2013
Elisa Lucena Martins
Publicado originalmente em 09/12/2010.
Em razão disso, é muito importante que se leve em consideração o custo de oportunidade em todas as situações. O custo de oportunidade pode ser definido como o valor da oportunidade da qual se abriu mão para que determinado bem ou serviço escolhido fosse adquirido.
Quando se encontram em um ambiente de livre troca, ofertantes e demandantes, levando em consideração os seus custos de oportunidade e disponibilidade de recursos, negociam até encontrarem o ponto de equilíbrio entre as suas expectativas, que será manifestado através do preço resultante.
Mas, diferentemente do que ocorre no ambiente livre do mercado, o governo confunde os consumidores a respeito dos sinais lançados pelo mecanismo dos preços, através de impostos e subsídios — além da oferta de serviços “gratuitos”. Isso acontece pelo desprezo dos governantes pelo problema da escassez.
“A primeira lei da economia é a escassez. E a primeira lei da política é ignorar a primeira lei da economia”, explicou Thomas Sowell. Tal verdade pode ser observada diariamente nos negócios governamentais.
Apoiando empresas estatais com os “seus” recursos abundantes, o governo promove uma competição desleal em favor dos seus serviços.
Dessa maneira, a entrada (e permanência) de outras empresas privadas no mercado se torna cada vez mais difícil. Poucos são capazes — ou estão dispostos a correrem os riscos — de se lançarem em um mercado em que terão de competir contra um adversário que ignora as limitações impostas pelas simples regras que regem uma economia.
Além do mais, bem ou serviço estatal algum é oferecido de graça, como popularmente se supõe. A conta é sempre encaminhada para o pagador de impostos, comumente chamado de contribuinte no Brasil, como se este voluntariamente concordasse em abrir mão de aproximadamente 40% da sua renda em troca de serviços ineficientes — problema que poderia facilmente ser resolvido, não fosse o governo tão eficaz em eliminar a concorrência ao ignorar as restrições que a escassez de recursos impõe.
Não haveria a necessidade em se pensar em alocação de recursos se não existisse escassez. E é essa a mentalidade constantemente reforçada por políticos que insistem em ignorar a lei mais elementar da economia.
A compreensão do conceito de escassez é fator decisivo, que diferencia um governo sadio e responsável de um governo esbanjador e pouco eficiente.
12 de novembro de 2013
Elisa Lucena Martins
Publicado originalmente em 09/12/2010.
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