Leio na VEJA.COM que Magda Chambriard, diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informa que as empresas Exxon Mobil, British Petroleum e BG Group não participarão do leilão da reserva petrolífera de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. Vale dizer: as gigantes do setor estão fora. O texto informa ainda que Magda “admitiu certa decepção com o número de interessados”. Esperava-se que até 40 empresas participassem do leilão. Ela atribuiu o desinteresse à “conjuntura” — seja lá o que esse troço queira dizer.
Pois é… Será que a suposta espionagem feita pelos americanos na Petrobras — aquela denunciada pelo ficcionista de conspirações Glenn Greenwald — teria descoberto que Libra é um grande mico e que não vale a pena torrar lá um bom punhado de dólares? Nesse universo de tolices transitam as coisas no país. Lembro que os nacionalistas mais exaltados falaram até, ó Jesus!, em cancelar o leilão. Parecia que havia americanos sugando de canudinho o petróleo do pré-sal. Ou que empresas se acotovelavam freneticamente para tomar as nossas riquezas.
A verdade é que há muitos investidores ressabiados com o excesso de intervenção do governo na área. Essa e a “conjuntura” hostil. Mais: renunciou-se ao modelo de concessão, que funcionou muito bem e levou o Brasil a sonhar com a autossuficiência (falsamente proclamada por Lula), para adotar o de partilha, na linha “o petróleo é nosso, ninguém tasca”. Ok. Pouca gente está disposta a tascar… Petróleo lá nos cafundós da Terra serve pra quê? Pra nada!
20 de setembro de 2013
Reinaldo Azevedo - Veja
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