"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

MUDANÇA DE ROTA

Espionagem: denúncias embolam a renovação da frota da FAB e colocam caças russos no horizonte do País

Como sempre afirmamos, na política inexistem acasos, coincidências e inocentes.
Qualquer fato, por menor que seja, tem uma razão de ser. E se não ficar evidente logo na entrada, com certeza isso acontece na saída.
 
A decisão da presidente Dilma Rousseff de cancelar sua vista à Casa Branca, até então agendada para o próximo dia 23 de outubro, serviu para impor uma sinuca política a Barack Obama, operação que está sob o comando do russo Vladimir Putin.
 
Por questões meramente ideológicas, mas burras no âmbito da diplomacia, a esquerda planetária está em polvorosa com os açoites à terra do capitalismo. Bobagem desmedida de quem reza pela cartilha mentirosa de Havana.
 
Fora essa costura internacional da esquerda, a decisão de cancelar o encontro com Obama está servindo para Dilma criar uma cortina de fumaça no Brasil, onde escândalos de corrupção e a incompetência do governo federal são assíduos frequentadores do noticiário nacional. Com essa medida, apenas barulhenta, o Palácio do Planalto mantém na pauta midiática a presidente, a reboque de um assunto que deve ter vida curta, ao contrário do que esperavam os palacianos.
 
Como ninguém é de ferro e Putin espera faturar com asilo que concedeu a Edward Snowden, ex-analista da Agência Nacional de Segurança, no cardápio de negócios entre Moscou e Brasília entrou o reaparelhamento da Força Aérea Brasileira (FAB), que há muito ensaia a troca dos seus supersônicos.
 
À época em que ainda estava presidente Lula, agora um lobista-fugitivo, afirmou que o Brasil compraria os caças Rafale, da francesa Dassault. O anúncio teve curta duração e na sequência entrou em cena a turma do “deixa disso”.
Enquanto o imbróglio era desfeito, a norte-americana Boeing tratou de retomar terreno para inviabilizar o negócio dos franceses. O tempo passou, Dilma foi eleita presidente e novamente os F-18 Super Hornet voltaram para o acostamento.
 
Instalada no gabinete presidencial, Dilma pode ter descoberto o pulo do gato e por causa disso decidiu suspender o negócio bilionário, que já era comemorado no Palácio do Eliseu, em Paris.
Com o caso da espionagem ianque, a situação voltou a se complicar para o lado da Boeing, Vale lembrar que Thomas Shannon, que recentemente deixou o cargo de embaixador dos EUA no Brasil, veio ao País também com o propósito de desatar esse nó a favor da Boeing.
 
Com as denúncias de espionagem por parte do governo norte-americano, Putin não perdeu tempo e passou a oferecer ao Palácio do Planalto, mais uma vez, os caças russos Sukhoi.
E se o negócio prosperar, Dilma dará um drible considerável em Lula e no ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, que de tão apaixonados pelos Rafale só faziam conta em euros.

20 de setembro de 2013
ucho.info

 

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