"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

ITAÚ FAZ DEPÓSITO JUDICIAL DE R$ 10 MILHÕES BLOQUEADOS DE ADRIANA ANCELMO

VALOR SERÁ ENVIADO À 7ª VARA FEDERAL, ONDE ELA RESPONDE POR LAVAGEM DE DINHEIRO DE PROPINAS DO MARIDO SÉRGIO CABRAL
VALOR SERÁ ENVIADO À 7ª VARA FEDERAL, ONDE ELA RESPONDE POR LAVAGEM DE DINHEIRO DE PROPINAS DO MARIDO SÉRGIO CABRAL


O Itaú depositou na sexta-feira (21) os R$ 10 milhões bloqueados pelo juiz federal Sérgio Moro oriundos de contas da ex-primeira dama do Rio Adriana Ancelmo, absolvida da acusação de lavagem de dinheiro. Apesar de livrá-la da imputação, o magistrado mandou bloquear os valores identificados na conta da mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), condenado na Lava Jato. O montante será encaminhado à 7ª Vara Federal, do juiz Marcelo Bretas, onde ela responde pela acusação de lavagem de dinheiro de supostas propinas ao peemedebista. Moro chegou a cobrar que o banco depositasse, com urgência, os valores bloqueados de Adriana.

Ancelmo foi absolvida por Moro em processo no qual o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro de propinas de R$ 2,7 milhões no âmbito de contratos do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Na mesma sentença Moro disponibilizou R$ 11 milhões bloqueados nas contas da ex-primeira-dama e de seu escritório de advocacia à Justiça Federal do Rio, onde é ré no âmbito da Operação Calicute, por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Inicialmente, o Itaú atrasou os depósitos e foi alvo de notificação de Moro para que depositasse, com urgência, os valores em face da 13ª Vara Federal para que, em seguida, esta envie os R$ 10 milhões a contas indicadas pelo juiz federal Marcelo Bretas.

O Itaú Unibanco informou a Moro, no dia 10, "que os valores pertencentes à Adriana de Lourdes Ancelmo, no valor de R$ 10.000.000,00, estão bloqueados mas não foram ainda transferidos para conta judicial pois há um fundo de investimento com prazo de resgate previsto para o dia 19/07/2017".

A guia de depósito na conta indicada por Moro, datada desta sexta-feira, 21, foi anexada aos autos.

Nos próximos dias, a Justiça Federal do Paraná vai enviar o montante à 7ª Vara do Rio, que determinou sua prisão domiciliar.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, a atuação da ex-primeira dama enquanto advogada desperta "ao menos suspeitas da prática de atos de ocultação de proveitos decorrentes da atividade criminosa do ex-governador". A banca Ancelmo Advogados recebeu R$ 35.830.356,84 milhões de dez empresas.

"O escritório de advocacia da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo teve um crescimento vertiginoso durante os dois mandatos de seu marido Sérgio Cabral", afirma a força-tarefa.


24 de julho de 2017
diário do poder

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