O senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu propina da Odebrecht em uma conta bancária em Nova York operada por sua irmã, a jornalista Andrea Neves. A informação foi publicada nesta sexta (31) pela revista “Veja”, que afirmou ter tido acesso ao conteúdo da delação de Benedicto Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura. A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
BJ, como é conhecido o executivo, afirmou, segundo a revista, que os pagamentos a Aécio foram “contrapartida” ao atendimento de interesses da empreiteira em obras como a da Cidade Administrativa, em Minas, e da usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig (estatal mineira) integrou um consórcio.
NA CONTA DA IRMÃ – Andrea Neves, 58, é uma das principais conselheiras de Aécio na política e foi responsável pela área de comunicação de seu governo (2003- 2010) em Minas. Como a Folha revelou no último dia 19, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da construtora, e outros executivos do grupo disseram em acordo de delação premiada que acertaram junto com a Andrade Gutierrez o repasse de R$ 50 milhões a Aécio após vencerem o leilão para a construção da hidrelétrica Santo Antônio, em 2007.
Em fevereiro, a Folha também noticiou que BJ contou aos investigadores que se reuniu com Aécio para tratar de um esquema de fraude em licitação na obra da Cidade Administrativa a fim de favorecer grandes empreiteiras.
OUTRO LADO – A assessoria de Aécio divulgou nota em que classificou como “falsas e absurdas” as informações publicadas pela revista Veja. “É lamentável que afirmações graves como as apresentadas venham a público sem a devida apuração de sua veracidade”, diz a nota.
“Em nenhuma das obras citadas, usina de Santo Antônio e Cidade Administrativa, houve qualquer tipo de pagamento indevido. O então governador Aécio Neves jamais participou de qualquer negociação das etapas da construção da sede do governo mineiro, nem interferiu na autonomia da Cemig para definição de investimentos da empresa”, afirmou.
À Folha o advogado Alberto Toron, que defende o senador tucano, afirmou que ligou para o advogado de BJ, Alexandre Wünderlich, e que ele disse que não havia na delação do ex-executivo nenhuma menção a conta nos EUA nem à irmã de Aécio. Procurado, Wünderlich, que está em Miami, não quis se manifestar sobre o caso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Conforme disse o delator Sérgio Machado, na conversa gravado com Romero Jucá, “O primeiro a ser comido vai ser o Aécio”. O senador mineiro, neto de Tancredo Neves e filho do ex-deputado Aécio Cunha (PMDB-MG), jogou na lama o nome da família. A mãe dele Inês Maria Neves é viúva do banqueiro e ex-deputado Gilberto de Andrade Faria, fundador do Banco Bandeirantes. Quando morreu, em 2008, Faria era um dos homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Istoé Dinheiro. E surge a dúvida-constatação: Por que Aécio e Andrea Neves precisavam ainda de mais dinheiro? Dr. Tancredo, que defendia a tese de que político não pode nem aparentar ser rico, deve estar se revirando no túmulo. Que vergonha! (C.N.)
02 de abril de 2017
Deu na Folha
Com essa revelação da Veja, acabou o sonho do Aécio Neves disputar a presidência da República em 2018. Mas eu acho que é a coisa mais certa que poderia acontecer. Acredito eu que a melhor opção para o PSDB, seria o João Dória, atual prefeito de São Paulo, alem de ser jovem, é um excelente administrador e também ainda não tem os vícios dos políticos que estão aí na política há anos, sem mostrar um bom serviço para o país.
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