O calendário de mobilização para o Dia Nacional de Luta das centrais de trabalhadores incluem em abril assembleias, plenárias e atos nas portas de fábrica. Enquanto as reformas de Michel Temer mantiverem as propostas originais, as bandeiras das centrais não abaixarão, garantem os dirigentes das centrais. “Temos condições de fazer uma grande paralisação, até porque o projeto de reforma da Previdência é de uma crueldade que não pode ficar sem resposta”, declarou Wagner Gomes, secretário-geral da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, a decisão mostra maturidade das entidades. “Depois que foi votada a terceirização na Câmara e essa ameaça de continuar a reformas da previdência e trabalhista é significativo que as centrais tenham fechado essa posição de parar o Brasil no próximo dia 28 de abril”.
HORA DE GREVE – Vagner Freitas, da Central de Única dos Trabalhadores (CUT), afirmou ao site da entidade: “É hora de fazer greve, de a gente conversar na fábrica, na igreja, na escola e mostrar que se não nos mobilizarmos, todos os direitos serão jogados fora. Estamos mais fortes hoje do que antes do dia 15 de março”.
O governo de Michel Temer pretende votar as reformas da previdência e trabalhista ainda no primeiro semestre de 2017, de acordo com Alysson de Sá Alves, jornalista e assessor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar.
Segundo Alysson, existe vasto material produzido contra as reformas. “Quanto maior a pressão sobre os parlamentares e a conscientização e participação dos trabalhadores e da sociedade teremos condições de modificar as propostas ou até mesmo derrotá-las. Ação e mobilização devem, portanto ser constante.
PROTESTOS, HOJE – Luiz Gonçalves (Luizinho), presidente da Nova Central (NCST-SP) afirmou ao site da entidade que a preparação para o grande ato sugerido pelas centrais começa nesta sexta-feira (dia 31) com paralisações, marchas, atos públicos com carros de sons em terminais de ônibus, estações do Metrô e Ferrovias. Em São Paulo, a avenida 25 de Março em SP será local de panfletagem. Segundo Luizinho, cada estado organizará sua forma de manifestação.
Luiz Carlos Prates, o Mancha, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas enfatizou que o sucesso dos atos de 15 de março demonstraram que os trabalhadores podem fazer uma greve geral em abril. “Vamos organizar assembleias nas nossas bases, organizar manifestações em abril e preparar o dia 28 como um verdadeiro dia de greve geral. É possível e necessário derrotar essas reformas que querem acabar com os nossos direitos trabalhistas, nossa aposentadoria e manter o trabalho precarizado”.
EXAGERO NA REFORMA – Wagner Gomes avaliou que Michel Temer exagerou na dose com a reforma da Previdência. “A aposentadoria é mais vinculada à população daí porque a base de sustentação dele não está querendo votar. Ele (Temer) partiu para cima para tentar na base da pressão e intimidação e outros métodos menos lícitos para aprovar a reforma mas vai ter dificuldades e se depender dos trabalhadores não vai passar”, completou o dirigente da CTB.
De acordo com ele as centrais também estão definindo uma estratégia de comunicação com chamadas televisivas divulgando o dia 28 de abril. Segundo ele, é importante que a imprensa de cada sindicato comece desde hoje a divulgar nos boletins a mobilização para a greve geral. Wagner informou ainda que serão impressos em São Paulo dois milhões de exemplares de carta de esclarecimento á população explicando os motivos da greve geral.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ao exagerar no saco de maldades contra os trabalhadores, o governo Temer conseguiu unir contra ele todas as centrais sindicais, que tradicionalmente sempre estiveram separadas. Os protestos, que estão ressuscitando Lula, começam hoje e vão prosseguir até a greve geral de 28 de abril, que também cai numa sexta-feira. Todo cuidado é pouco. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Ao exagerar no saco de maldades contra os trabalhadores, o governo Temer conseguiu unir contra ele todas as centrais sindicais, que tradicionalmente sempre estiveram separadas. Os protestos, que estão ressuscitando Lula, começam hoje e vão prosseguir até a greve geral de 28 de abril, que também cai numa sexta-feira. Todo cuidado é pouco. (C.N.)
02 de abril de 2017
Railídia Carvalho
Portal Vermelho
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