"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 2 de abril de 2017

EX-PRESIDENTE DA SETE BRASIL INCRIMINA PALOCCI, VACCARI, DUQUE E BARUSCO

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O executivo prestou um depoimento revelador
João Carlos Medeiros Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil, afirmou em audiência com o juiz Sérgio Moro nesta sexta-feira que usava o lobista Júlio Camargo para marcar encontros com o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. O executivo disse que conversava com Palocci sobre a empresa, responsável pela contratação de sondas para exploração do pré-sal, mas negou ter falado com ele sobre pagamentos de propinas ao PT ou a executivos da Sete Brasil e da Petrobras. O acerto de propinas a serem pagas pelos estaleiros, correspondentes a 0,9% do valor dos contratos, teria sido feito com o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e com Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil.
Em email trocado com um amigo, Ferraz chegou a se referir a Palocci como “padrinho” e “dindinho”. Ao juiz, ele disse que o apelido era uma brincadeira e não passou de uma expectativa que o ex-ministro pudesse melhorar a posição dele na Petrobras. A defesa de Palocci afirmou não ter tido acesso ao documento.
“PERCEPÇÃO” – Ferraz disse que nunca tratou com Palocci sobre qualquer irregularidade ou pagamento de propinas, apenas que sua “percepção” era que o esquema de vantagens indevidas era conhecido da cúpula do PT.
Na presidência da Sete Brasil, Ferraz disse que procurou Vaccari para permanecer no cargo, quando soube que sua posição estava ameaçada. O presidente da Sete Brasil era indicado pela Petrobras, que é sócia na empresa. O executivo disse que teve algumas reuniões com Vaccari para tratar do assunto. Segundo ele, Vaccari disse ter conversado com Rui Falcão, então presidente do PT, que ficou de conversar com a presidente Dilma Rousseff para mantê-lo no cargo. Apesar disso, ele foi demitido.
“O Vaccari se mostrou surpreso porque o feedback do Rui Falcão era que os apoios tinham sido acertados e tinha sido acertada minha permanência no cargo. Ou o Vaccari mentiu ou tudo isso é história da carochinha” – afirmou Ferraz, que deixou a Sete Brasil em 2013.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Como se vê, as provas vão se avolumando, porque uma delação confirma a outra, as contradições são raras. O mais incrível é achar que um esquema de corrupção de tamanhas proporções jamais seria descoberto. Só pode ser a Piada do Século. (C.N.)

02 de abril de 2017
Cleide Carvalho
O Globo

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