O momento de justificada expectativa por que atravessa a nação exige que os brasileiros mais lúcidos e menos apaixonados politicamente se manifestem. Vai abrir-se o anfiteatro da Justiça Eleitoral, e o supremo magistrado encontra-se incluso em um processo que promete retumbar, em que, inicialmente, figurou apenas pelo fato de haver sido companheiro de chapa da presidente Dilma Roussef, sem que se tenha, como ela, se comprometido em vínculos pessoais e contratações irregulares, ilegais e criminosas em que, como já se escancarou para o Brasil, a titular da aliança atuou, determinadamente.
O Ministério Público eleitoral já se manifestou, em conclusão antípoda em si mesma. O colegiado irá agora apreciar, sem despojar-se, é claro, de tendências ideológicas humanamente compreensíveis, do conhecimento jurídico, humanístico e doutrinário de cada qual e do foco que para cada um, conscientemente, configura o ilícito, o caminho por ele percorrido entre a vontade e a execução dos atos e etapas que construíram a denúncia apresentada pelo PSDB.
Não haverá decisão final inexequível. A espada vai cair sobre um, sobre dois ou até sobre nenhum.
Alguns apontamentos, contudo, nos é possível enumerar.
O país está recém saído de uma grave crise institucional, em que a ex-titular do executivo federal não resistiu ao rolo compressor da verdade, e caiu sobre os escombros de mal feitos produzidos por amigos, companheiros, colaboradores. Esta página está virada, e não restou dúvida quanto ao que mais incriminou aquela agente, que foi a sua ciência incontestável de tudo que se fazia. A mais simples retórica a confirma, dado que inegável que a ela, e só a ela, pertencia o domínio dos fatos. Agora, tenta a oposição contagiar o nome do presidente da República com o trabalho eleitoral que a ex-presidente chefiou, que mostrou, em capítulos, os porões malcheirosos da publicidade mercantilizada e outras vícios que permearam e envenenaram a legitimidade do resultado eleitoral.
Assim, diante do passado recente que nos envergonha, responsável pelo aterro formado pelo lixo irreciclável que a imprensa exibiu para os brasileiros no que tange à escola de imoralidades que políticos e companheirada entregaram à sociedade brasileira como exemplo e prova de como agir para enriquecerem-se rapidamente, não pode comprometer o exercício de tremendo e patriótico esforço de rebrasilização por que lutam as autoridades federais. Reponhamos o Brasil na esteira republicana. Este propósito, uma meta com que se ufana o presidente, está sendo cumprido pelo presidente, e nada pode interrompê-la. Espera-se que o judiciário permita que o país continue a se afastar do abismo que nos ameaçava. Não poderá haver rupturas ou constrangimentos à nova ordem econômica e política que se instalam no país. Elas se anunciam por vezes com medidas que não nos agradam, mas a caminhada para uma recuperação econômica, política e moral é circunstância que sabemos superar.
O judiciário agirá com o descortino necessário.
02 de abril de 2017
José Maria Couto Moreira é advogado.
O Ministério Público eleitoral já se manifestou, em conclusão antípoda em si mesma. O colegiado irá agora apreciar, sem despojar-se, é claro, de tendências ideológicas humanamente compreensíveis, do conhecimento jurídico, humanístico e doutrinário de cada qual e do foco que para cada um, conscientemente, configura o ilícito, o caminho por ele percorrido entre a vontade e a execução dos atos e etapas que construíram a denúncia apresentada pelo PSDB.
Não haverá decisão final inexequível. A espada vai cair sobre um, sobre dois ou até sobre nenhum.
Alguns apontamentos, contudo, nos é possível enumerar.
O país está recém saído de uma grave crise institucional, em que a ex-titular do executivo federal não resistiu ao rolo compressor da verdade, e caiu sobre os escombros de mal feitos produzidos por amigos, companheiros, colaboradores. Esta página está virada, e não restou dúvida quanto ao que mais incriminou aquela agente, que foi a sua ciência incontestável de tudo que se fazia. A mais simples retórica a confirma, dado que inegável que a ela, e só a ela, pertencia o domínio dos fatos. Agora, tenta a oposição contagiar o nome do presidente da República com o trabalho eleitoral que a ex-presidente chefiou, que mostrou, em capítulos, os porões malcheirosos da publicidade mercantilizada e outras vícios que permearam e envenenaram a legitimidade do resultado eleitoral.
Assim, diante do passado recente que nos envergonha, responsável pelo aterro formado pelo lixo irreciclável que a imprensa exibiu para os brasileiros no que tange à escola de imoralidades que políticos e companheirada entregaram à sociedade brasileira como exemplo e prova de como agir para enriquecerem-se rapidamente, não pode comprometer o exercício de tremendo e patriótico esforço de rebrasilização por que lutam as autoridades federais. Reponhamos o Brasil na esteira republicana. Este propósito, uma meta com que se ufana o presidente, está sendo cumprido pelo presidente, e nada pode interrompê-la. Espera-se que o judiciário permita que o país continue a se afastar do abismo que nos ameaçava. Não poderá haver rupturas ou constrangimentos à nova ordem econômica e política que se instalam no país. Elas se anunciam por vezes com medidas que não nos agradam, mas a caminhada para uma recuperação econômica, política e moral é circunstância que sabemos superar.
O judiciário agirá com o descortino necessário.
02 de abril de 2017
José Maria Couto Moreira é advogado.
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