"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

TEMER ACHOU UMA DUPLA ALTAMENTE "CONFIÁVEL" PARA REFORMAR A PREVIDÊNCIA


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Marun, presidente, o mais fiel amigo de Cunha
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não se incomoda em fazer o papel de vilão. No ano passado, o peemedebista se notabilizou como o último defensor de Eduardo Cunha. Enquanto dezenas de aliados saíam de fininho, ele permaneceu até o fim ao lado do correntista suíço. A relação sobreviveu à derrocada de Cunha. Em dezembro, Marun foi visitá-lo na cadeia. Na volta, tentou espetar a conta no contribuinte. Chegou a receber reembolso de R$ 1.242,62, mas foi obrigado a devolver a verba gasta de forma irregular.
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Artur Maia, relator, foi citado pela Odebrecht
O deputado Arthur Maia (PPS-BA) não tem medo de protestos. Em 2015, foi relator do projeto que elimina restrições à terceirização do trabalho. Quando o texto começou a ser criticado, ele deixou claro que desprezava opiniões divergentes. “Dei muita risada”, disse, ao ser questionado sobre uma manifestação na avenida Paulista.
CODINOME “TUCA” – Maia se projetou como líder do Solidariedade, o partido do notório Paulinho da Força. Depois migrou para o PPS, que tem dois ministérios no governo Temer. O deputado atende pelo apelido de “Tuca” na planilha da Odebrecht. Segundo o delator Cláudio Melo Filho, ele pedia dinheiro por “ser baiano e possuir confiabilidade dentro da empresa”.
Aos olhos do Planalto, Marun e Maia são aliados confiáveis. Os dois foram escolhidos presidente e relator da comissão da reforma da Previdência. Vão comandar a tramitação da proposta, que é altamente impopular e dificultará a aposentadoria de milhões de brasileiros.
REGIMENTO PROÍBE – Nesta quinta-feira (dia 9), a oposição criticou a dupla e tentou afastar Maia do posto de relator. O regimento da Câmara proíbe os deputados de relatar projetos que interessem a seus financiadores de campanha. Em 2014, Maia recebeu R$ 1,2 milhão de bancos e seguradoras, que esperam lucrar muito mais com a reforma.
O governo acionou o rolo compressor e manteve o aliado no cargo. O presidente Marun prometeu aprovar a proposta “o mais rápido possível”, como deseja o Planalto.

13 de fevereiro de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

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