#atolado De qualquer maneira, o terreno sob a Lava Jato segue movediço. Agora a Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal vai formalizar, numa ação inédita, pedido de troca no comando da diretoria-geral da PF. Com apoio de 72% dos delegados presentes em assembleia da entidade, informa o Estadão, o grupo reclama do estado "mental, físico e emocional" de delegados envolvidos na Lava Jato, por obra do atual diretor, Leandro Daiello.
#vírus Em questão de minutos, a notícia já deu uma eclipsada em uma agenda nada positiva para o presidente. O caso até então adormecido do hacker que invadiu o celular de Marcela Temer voltou com força no fim de sexta-feira, e ainda pode trazer mais elementos ao longo da semana. O responsável por inflar a notoriedade da situação foi a própria primeira-dama e o presidente da República, ao buscarem a censura das telas reproduzidas em processo judicial e às quais a Folha de S.Paulo teve acesso em documentos públicos, como o jornal ressalta hoje ao noticiar o recebimento da notificação oficial pela censura. O X da questão é o teor do áudio que supostamente joga o nome de Temer "na lama", segundo o hacker. Trivialidade não parece ser, dada a reação da família Temer (até porque nem a Folha nem qualquer outro veículo minimamente sério do país consideraria, ao meu ver, publicar eventuais nudes da primeira-dama).
#deunada As questões mais mundanas realmente não parecem ser o centro da preocupação do presidente. Tanto que, como nos relata Eliane Trindade, também na Folha, a sogra de Michel Temer não sofreu qualquer censura - com razão, diga-se - ao comparecer à área vip de um show nada edificante da nova e tenebrosa modinha do verão brasileiro, MC G15, em Brasília. Ao que parece até aqui, a preocupação de Temer é com censura a tópicos potencialmente de interesse público.
13 de fevereiro de 2017
in pílulas
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