Incomodado com as avaliações de que seu governo busca blindar peemedebistas envolvidos na Operação Lava-Jato, o presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que ministros que forem denunciados serão afastados temporariamente e, ao se tornarem réus, afastados de forma definitiva.
— Se houver denúncia, o ministro que estiver denunciado será afastado provisoriamente. Faço essa declaração para dizer que o governo não quer blindar ninguém, nem vai blindar. Apenas não vai aceitar que a simples menção inauguradora seja uma condenação definitiva, pois, se acolhida a denúncia, e aí sim o ministro se transforma em réu, o afastamento é definitivo.
SEM BLINDAGEM – Em declaração à imprensa, Temer buscou afastar as críticas de que ao nomear Moreira Franco para ministro da Secretaria-Geral da Presidência quis dar a ele foro privilegiado, já que foi citado em delações de executivos da Odebrecht.
— Faço questão de enfatizar em letras maiúsculas que não há nenhuma tentativa de blindagem, a questão é muito séria. Se alguém se converter em réu estará afastado — reafirmou.
Questionado, o presidente disse que não há censura na ação contra os jornais O GLOBO e “Folha de S.Paulo”, em matérias a respeito da tentativa de extorsão à primeira-dama Marcela Temer, feita por um hacker que invadiu o celular dela.
– Não houve isso, você sabe que não houve – respondeu Temer irritado.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG– Bem, conforme já revelamos repetidas vezes aqui na Tribuna da Internet, Temer é refém dos caciques do PMDB, mas agora parece disposto a se libertar, embora as denúncias demorem tanto a serem feitas que é capaz de os ministros envolvidos ficarem até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2018. De qualquer maneira, a declaração é importantíssima, porque significa que Temer e seu escudeiro Moreira Franco estão citados apenas em caixa dois, e não em propinas. Quanto ao resto, incluindo o outrora todo-poderoso Eliseu Padilha, a afirmação de Temer soou como um bilhete azul, conforme estamos cansados de informar aqui na TI. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG– Bem, conforme já revelamos repetidas vezes aqui na Tribuna da Internet, Temer é refém dos caciques do PMDB, mas agora parece disposto a se libertar, embora as denúncias demorem tanto a serem feitas que é capaz de os ministros envolvidos ficarem até o final do mandato, em 31 de dezembro de 2018. De qualquer maneira, a declaração é importantíssima, porque significa que Temer e seu escudeiro Moreira Franco estão citados apenas em caixa dois, e não em propinas. Quanto ao resto, incluindo o outrora todo-poderoso Eliseu Padilha, a afirmação de Temer soou como um bilhete azul, conforme estamos cansados de informar aqui na TI. (C.N.)
13 de fevereiro de 2017
Simone Iglesias e Eduardo Barretto
O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário