"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

INDAGAÇÕES AO GABEIRA

Fernando Gabeira


Seria desejável que o povo do Rio de janeiro, num exercício de imaginação, refletisse sobre a situação da cidade, caso Fernando Gabeira fosse eleito Prefeito.

É bom lembrar inicialmente ao desmemoriado eleitor, que a diferença de votos para o vencedor, Sr. Eduardo Paes, atual prefeito, foi infinitesimal, sendo a vitória obtida graças a um estratagema de política de várzea executado pelo então governador do estado, Sr. Sérgio Cabral, atualmente bem próximo de uma investigação de corrupção, ao decretar, às vésperas da eleição, um feriado inopinado que, associado à falta de consciência política da massa votante, levou uma boa quantidade de cariocas para a praia, em vez da urna.

Assim, não custa, neste momento de caos pelo qual passa o Estado e de deslumbramento olímpico, artificial, da cidade, formular algumas perguntas hipotéticas: determinaria Gabeira, com base em argumentos puramente estéticos, contrariando pareceres assinados por respeitáveis técnicos, a demolição da Avenida Perimetral, importante artéria de mobilidade, com vigas valiosíssimas furtadas sem explicação até hoje, em pleno funcionamento quando derrubada?

Apoiaria a indicação do Rio para sede das Olimpíadas, fato aclamado, à época, com euforia oriunda da boa fase na economia e do populismo inconsistente cujas consequências, aliadas ao espetro de corrupção que já estava em franco crescimento e à deterioração da economia, estamos hoje sofrendo?

Bancaria obras faraônicas como o Museu do Amanhã quando há vários, do passado, como, aliás, todos os museus devem ser, em situação difícil, alguns fechados?

Teria ele concordado em organizar caríssimos "reveillon's" quando a saúde pública em torno estava necrosada e a segurança de muletas?

Essas são algumas das indagações que estariam hoje respondidas se a margem vencedora de votos não ignorasse o apelo de um governo criador de feriados artificiais com propósitos de poder.

Se as respostas de Gabeira a essas e outra questões fossem negativas, certamente não terminaria o mandato.



07 de julho de 2016
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

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