Paulo Espírito Santo mostra que Moro não está sozinho.
O desembargador federal Paulo Espirito Santo, presidente da 1ª Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, decidiu hoje (6) atender liminarmente a pedido do Ministério Público Federal (MPF) e restabeleceu a prisão preventiva dos cinco envolvidos na Operação Saqueador, deflagrada pela Polícia Federal na quinta-feira passada (30). Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, Adir Assad, Marcelo Abbud, Cláudio Abreu e Fernando Cavendish tiverem a prisão preventiva restabelecida.
Os presos haviam sido beneficiados com prisão domiciliar, mas continuaram no sistema penitenciário, porque o governo do estado não tinha tornozeleiras eletrônicas.
SUSPEIÇÃO – Na terça-feira, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu que o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que concedeu a prisão domiciliar aos presos, fosse impedido de julgar recursos ligados à Operação Saqueador e as decisões tomadas por ele fossem anuladas por conflito de interesses, pois o advogado Técio Lins e Silva, que representa nos autos Fernando Cavendish, um dos cinco presos na operação, defendeu Athié no passado. Pouco depois, o desembargador Athié enfim se declarou suspeito para atuar no caso.
O desembargador Paulo Espirito Santo esclareceu que, como o relator do processo reconheceu estar impedido para julgar o caso, coube a reapreciação da liminar, “como requerido pelo MPF, ante a redistribuição do feito para novo relator”.
PROVAS ABUNDANTES – Na decisão, o juiz destacou ainda que há provas de materialidade e indícios suficientes de autoria dos crimes denunciados para justificar a prisão preventiva. O magistrado também ressaltou que a medida é necessária para garantir a ordem pública.
“Desse modo, considerando que o acervo probatório demonstra a probabilidade de reiteração criminosa e que a defesa não logrou desconstituir tal constatação, autorizada está a excepcional segregação cautelar para preservar a ordem pública, de modo a impedir a repetição das condutas delitivas e, em consequência, evitar, no seio da sociedade, a sensação de impunidade e de descrédito do Poder Judiciário”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É sempre bom lembrar que o juiz Sérgio Moro não está sozinho. A cada momento aparecem magistrados também dispostos a passar o Brasil a limpo. Que Deus abençoe esta nova geração de juízes, por demonstrar que o país tem possibilidades de recuperar a honra e a hombridade. Acredito que os dois brasileiros mais orgulhosos hoje sejam os pais de Sérgio Moro, que educaram este brasileiro realmente exemplar. (C.N.)
07 de julho de 2016
Flávia Villela
Agência Brasil
Os presos haviam sido beneficiados com prisão domiciliar, mas continuaram no sistema penitenciário, porque o governo do estado não tinha tornozeleiras eletrônicas.
SUSPEIÇÃO – Na terça-feira, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu que o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), que concedeu a prisão domiciliar aos presos, fosse impedido de julgar recursos ligados à Operação Saqueador e as decisões tomadas por ele fossem anuladas por conflito de interesses, pois o advogado Técio Lins e Silva, que representa nos autos Fernando Cavendish, um dos cinco presos na operação, defendeu Athié no passado. Pouco depois, o desembargador Athié enfim se declarou suspeito para atuar no caso.
O desembargador Paulo Espirito Santo esclareceu que, como o relator do processo reconheceu estar impedido para julgar o caso, coube a reapreciação da liminar, “como requerido pelo MPF, ante a redistribuição do feito para novo relator”.
PROVAS ABUNDANTES – Na decisão, o juiz destacou ainda que há provas de materialidade e indícios suficientes de autoria dos crimes denunciados para justificar a prisão preventiva. O magistrado também ressaltou que a medida é necessária para garantir a ordem pública.
“Desse modo, considerando que o acervo probatório demonstra a probabilidade de reiteração criminosa e que a defesa não logrou desconstituir tal constatação, autorizada está a excepcional segregação cautelar para preservar a ordem pública, de modo a impedir a repetição das condutas delitivas e, em consequência, evitar, no seio da sociedade, a sensação de impunidade e de descrédito do Poder Judiciário”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É sempre bom lembrar que o juiz Sérgio Moro não está sozinho. A cada momento aparecem magistrados também dispostos a passar o Brasil a limpo. Que Deus abençoe esta nova geração de juízes, por demonstrar que o país tem possibilidades de recuperar a honra e a hombridade. Acredito que os dois brasileiros mais orgulhosos hoje sejam os pais de Sérgio Moro, que educaram este brasileiro realmente exemplar. (C.N.)
07 de julho de 2016
Flávia Villela
Agência Brasil
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