"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

CUNHA CEDE PRESIDÊNCIA PARA FICAR COM MANDATO



Eduardo Cunha tenta uma grande jogada política com sua esperada renúncia à Presidência da Câmara dos Deputados, da qual já estava afastado por decisão do Supremo Tribunal Federal. Ao acatar a sugestão de Michel Temer para deixar oficialmente o cargo, Cunha tenta uma última cartada, com o apoio do Presidento interino, para salvar o mandato. Quase chorando e jurando a mesma inocência de sempre, Cunha continua com o foro privilegiado para julgamento pelo STF - e não pelo juiz Sérgio Moro. Já sua mulher Cláudia Cruz e a filha Deniele Cunha ficam a mercê da "República de Curitiba"...
A previsão é de novos bombardeios judiciais contra Eduardo Cunha. Traído por pares que eram super-fieis até outro dia, o deputado peemedebista aposta no acirramento da guerra de todos contra todos, para que consiga negociar uma trégua a seu favor. Cunha tem informações de que as próximas operações da Lava Jato vão atingir membros do judiciário, além de pegar mais parlamentares. O temor no Congresso, com o clima de caça a corruptos, pode até beneficiar Eduardo Cunha, que, emocionado, tentou posar de bom moço, depois de uma decisão tomada após reunião com aliados e advogados: "Acima de tudo, espero que esse meu ato ajude a restaurar nosso país após o processo de impeachment. Desejo sucesso ao presidente Michel Temer e ao futuro presidente dessa casa. Que Deus abençoe essa nação".

Em sete minutos de discurso, Cunha repetiu a tese de sempre: "Estou pagando alto preço por ter dado início ao impeachment. Não tenho dúvida que a principal causa do meu asfatamento reside na condução desse processo de impeachment. Tanto é, que meu pedido de afastamento foi protolcado pela PGR (Rodrigo Janot) em 16 de dezembro de 2015, logo após minha decisão de abertura do processo. E o pedido de afastamento só foi apreciado em 5 de maio de 2016, em uma decisão considerada excepcional e sem qualquer previsão constitucional, poucos dias depois da decisão dessa Casa, por 367 votos, de abertura do processo por crime de responsabilidade".

Eduardo Cunha não poupou críticas à decisão do STF que o afastou: "Resolvi ceder ao apelo generalizado dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa esta acéfala, fruto de uma interinidade bizarra, que não condiz com o que o país espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente minha renúncia poderá pôr fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara na suportará esperar indefinidamente. Usam minha família de forma cruel e desumana, visando me atingir. Continuarei a defender a minha inocência, que falei a verdade. Reafirmo que não recebi qualquer vantagem indevida de quem quer que seja".



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


07 de julho de 2016
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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