Na política, segue a novela Eduardo Cunha. O poderoso parlamentar já avisou a Michel Temer que renuncia ao cargo de presidente da Câmara se o Palácio do Planalto conseguir unificar partidos como o PSDB e o DEM em torno de um nome chancelado por ele e seus aliados para sucedê-lo no comando da Casa. Logicamente, com tal "união", Cunha alimenta a vã esperança de recuperar o apoio de antigos aliados, que agora lhe viram as costas, para ser salvo na votação de cassação do mandato. Milagres sempre acontecem...
O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro mandou prender o ex-presidente da empreiteira Delta Construções Fernando Cavendish, o bicheiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, e os empresários Adir Assad, que já foi condenado na Operação Lava-Jato, e Marcelo José Abbud, além de Cláudio Dias Abreu, ex-diretor da regional da Delta no Centro-Oeste e Distrito Federal. Cavendish, amigão de Serginho Cabral, que é amigo de Lula, está no exterior... Se não voltar, voltarão com ele, em breve... Todos são acusados de usar empresas fantasmas para transferir cerca de R$ 370 milhões, obtidos pela Delta direta ou indiretamente, por meio de crimes praticados contra a administração pública, para o pagamento de propina a agentes públicos.
A prisão de Cachoeira apavora José Dirceu de Oliveira e Silva, que era amigo e parceiro dele. Preso em Curitiba desde 3 de agosto do ano passado, Dirceu virou réu novamente, agora de uma ação relacionada aos crimes contra a Petrobras pela segunda vez na Lava-Jato. Em 17 de maio, o ilustre condenado do Mensalão já tinha sido condenado a 23 anos e 3 meses de prisão na Operação Pixuleco. Do jeito que a coisa desanda, se não partir para uma inédita delação premiada, Dirceu praticamente está condenado à prisão perpétua... Sorte diferente do companheiro Paulo Bernardo, solto por ordem do ministro Dias Toffoli, do STF. Azar para a turma do José Sarney, pois a Lava Jato lançou mais uma operação para investigar esquemas nas ferrovias...
Lindo foi ouvir do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que a corrupção, sonegação e lavagem de dinheiro se tornaram espantosas no país. Para o ministro, uma das razões para a banalização da corrupção seria a impunidade. Em palestra no seminário sobre grandes casos criminais "Experiência Italiana e Perspectivas no Brasil", promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público Público, Barroso detonou: " Corrupção, sonegação, lavagem de dinheiro passou a ser a espantosa regra. O errado virou a regra e todo mundo passou a operar nessa regra".
Quarteto da Tesouraria
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