As pessoas geralmente costumam ter compaixão com quem erra e recebe severa punição. No caso de Fernando Collor, por exemplo, foi condenado à humilhação eterna de ser retirado da Presidência da República por atos de corrupção, e os eleitores alagoanos acabaram lhe dando uma segunda chance. Muitos pensavam que ele teria se arrependido dos erros anteriores, realmente havia mudado, seria merecedor de uma oportunidade de voltar à vida pública, como de fato voltou, consagrado pelos eleitores alagoanos.
Mas não houve mudança, confirma-se que Collor continua o mesmo e está sendo investigado em seis inquéritos no Supremo, todos por atos de corrupção, é um nunca-acabar. E tudo isso com objetivo único e exclusivo de se tornar mais rico, cada vez mais rico, como uma espécie de Tio Patinhas em versão política, empenhado na inconsequente busca de uma acumulação de riquezas que para ele não deveria significar nada, porque já nasceu numa família muito rica.
O COLECIONADOR
Impressionante reportagem do Estadão, assinada por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Fausto Macedo, mostra que o senador Collor, além de colecionar automóveis de altíssimo luxo, investe parte do dinheiro da corrupção em valiosas antiguidades e obras de arte.
Ao Estadão, Collor alegou que todas as obras arte adquiridas nos últimos anos foram pagas com recursos próprios, de origem lícita, com emissão de notas fiscais em seu nome. Detalhe: sempre em dinheiro vivo.
“A ilação de prática de lavagem a partir de denúncia anônima sem qualquer comprovação é conduta absolutamente irresponsável e temerária, não merecendo qualquer credibilidade”, afirmou o parlamentar alagoano.
MONTAGEM GROTESCA
Os documentos exibidos por Collor evidenciam uma montagem grotesca. As aquisições teriam sido feitas em um só empresa paulista (Villa Antica – Espaço de Artes Ltda.), mas as notas fiscais emitidas em nome de Fernando Collor de Mello não tem o menor valor. Apesar de se tratar de aquisições recentes, não há notas fiscais eletrônicas. Todas elas são emitidas em modelo antigo, e no formulário não está registrado o prazo de data limite de emissão, ou seja, são inteiramente nulas, o que demonstra a montagem da fraude.
A numeração das notas fiscais, espaçada pelos anos, também evidencia que se trata de operação de lavagem de dinheiro (no caso, tentativa de legalização de bens ilicitamente adquiridos), porque fica demonstrado que a empresa Villa Antica ou não tira notas fiscais dos produtos ou simplesmente é uma empresa para fins ilícitos. Ou seja, Collor nos enganou mais uma vez e não mudou nada.
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PS – Já ia esquecendo. Vai daqui um forte abraço ao nosso advogado e brilhante comentarista João Amaury Belem, pelo aniversário que acabou de completar. Desejamos saúde, paz e prosperidade. E como diz nosso amigo Ancelmo Gois, que Deus o proteja e a nós não desampare. (C.N.)
PS – Já ia esquecendo. Vai daqui um forte abraço ao nosso advogado e brilhante comentarista João Amaury Belem, pelo aniversário que acabou de completar. Desejamos saúde, paz e prosperidade. E como diz nosso amigo Ancelmo Gois, que Deus o proteja e a nós não desampare. (C.N.)
19 de maio de 2016
Carlos Newton
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