O superintendente regional da Polícia Federal no Estado, o delegado Sérgio Barboza Menezes, foi nomeado pelo governador Fernando Pimentel (PT) como secretário de Defesa Social de Minas Gerais (Seds), responsável pela defesa pública. O nome foi publicado na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial de Minas Gerais e ainda não há uma data definida para que ele assuma a pasta.
A indicação causou polêmica, uma vez que o governador é investigado pela própria PF na operação Acrônimo, sob suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude eleitoral. Apesar de não participar diretamente das investigações, que têm base em Brasília, como superintendente em Minas o delegado deu suporte às ações da Acrônimo desencadeadas no Estado.
“EXITOSA ATUAÇÃO”
O governo de Minas alegou, em nota, que Menezes foi escolhido para ocupar o cargo “tendo reconhecida sua experiência na área da segurança pública, com especializações neste setor e exitosa atuação em outros estados do país”.
Desde 2012 na Superintendência da Polícia Federal, Menezes foi cedido ao Estado pelo governo Federal, conforme publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira (12). Agora, ele entra no lugar do desembargador Antônio Armando dos Anjos, que assumiu o cargo interinamente, em maio deste ano, e saiu a pedido.
Anjos ocupava desde março deste ano o posto de Bernardo Santana de Vasconcellos, que pediu exoneração do cargo depois de passar um ano e meio a frente da Seds. Em sua saída, Vasconcellos alegou que estava determinado a se dedicar a questões partidárias, uma vez que este é um ano de eleições municipais.
“NUNCA DISSE NÃO”
Em entrevista coletiva sobre uma ação da Polícia Federal, na tarde desta quarta-feira (18), Sérgio Barboza Menezes se esquivou das perguntas sobre o novo cargo. “O desafio é grande”, limitou-se a dizer, acrescentando que “nunca disse ‘não’ a uma missão”.
Procurada pela reportagem, a Polícia Federal informou que não há um nome definido para a titularidade da superintendência regional no Estado.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Belo Horizonte, o que se diz é que Pimentel tenta se livrar do iminente afastamento do governo. Se o Superior Tribunal de Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público Federal, feita contra o governador na Operação Acrônimo, ele será automaticamente afastado do cargo. Seu comportamento é patético. Nomeou a própria mulher para Secretaria do Trabalho, com objetivo de lhe dar foro privilegiado, porque o inquérito mostra que ela é cúmplice no esquema de corrupção. Mas a Justiça já anulou a nomeação. Tudo indica que marido e mulher vão puxar cadeia, como se dizia em priscas eras.(C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Belo Horizonte, o que se diz é que Pimentel tenta se livrar do iminente afastamento do governo. Se o Superior Tribunal de Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público Federal, feita contra o governador na Operação Acrônimo, ele será automaticamente afastado do cargo. Seu comportamento é patético. Nomeou a própria mulher para Secretaria do Trabalho, com objetivo de lhe dar foro privilegiado, porque o inquérito mostra que ela é cúmplice no esquema de corrupção. Mas a Justiça já anulou a nomeação. Tudo indica que marido e mulher vão puxar cadeia, como se dizia em priscas eras.(C.N.)
19 de maio de 2016
Camila Kifer
O Tempo
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