"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 14 de maio de 2016

O BRASIL PODE SE TORNAR UM PAÍS INGOVERNÁVEL



Meirelles, czar da economia, admite a gravidade da situação

















Durou pouco a temporada de euforia do novo governo diante dos desafios para recuperar o crescimento econômico e reduzir o desemprego.  Na sua primeira entrevista depois de empossado, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sustentou a obrigação de ser dita a verdade diante das dificuldades e empecilhos que levaram a economia nacional ao fundo do poço.
A consequência, que ele apenas sugeriu, será o aumento de encargos à sociedade. A partir de segunda-feira começarão a ser definidas as medidas de contenção de gastos públicos e de consequentes sacrifícios à população.
A opção pelo mercado não deixa dúvidas: para o país voltar a crescer e assim criar empregos, só facilitando a atividade empresarial e ao mesmo tempo penalizando a massa assalariada. A receita é milenar e bate de frente com as políticas sociais.
Logo virão os efeitos, para os quais o PT e penduricalhos já se preparam, apesar das promessas do novo presidente Michel Temer. Não haverá como deixar de atingir iniciativas assistencialistas, dos múltiplos planos e programas implantados há treze anos.
UM NÓ IMPOSSÍVEL
Eis o nó impossível de desatar, objetivo maior dos responsáveis pelo afastamento de Dilma, que de seu turno nada percebeu e nada conseguiu fazer para impedir o retorno ao neoliberalismo.
Vale aguardar as primeiras medidas de arrocho social e as inevitáveis reações da maioria. Nada de recuperação da popularidade de Madame, mas a rejeição da volta ao favorecimento das elites será explosiva.
Mais do que sonhos e fantasias, é o que nos espera. Logo a classe média estará se aproximando das massas e, pelo lado oposto, tornando o país ingovernável. A menos, é claro, que Henrique Meirelles tenha virado Mandrake…

14 de maio de 2016
Carlos Chagas

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