"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

SÓ A RENÚNCIA DE DILMA E TEMER RESOLVERIA



Se Dilma e Temer renunciassem, haveria nova eleição direta
















Mesmo saindo vitoriosa amanhã, quer dizer, na improvável hipótese de ter a Comissão da Câmara julgado inadmissível o impeachment, a presidente Dilma não conseguirá governar. Acabará levada da incompetência ao desespero, impossibilitada de compor um ministério acorde com as necessidades nacionais. Incapaz, também, de formular um roteiro de ação em condições de minorar as agruras da população, a começar pelo desemprego. Melhor faria, então, se renunciasse desde já, permitindo o recomeço. Mas deixar o governo para Michel Temer? Seria trocar o Seis pelo Meia Dúzia, na medida em que  ambos, além de carentes de capacidade e imaginação, perderam totalmente o apoio nacional, se é que algum dia o detiveram.
A renúncia de Madame e de seu vice ensejaria a solução constitucional de eleições amplas e limpas, mesmo no cipoal de partidos que assola a prática política. Um presidente da República selecionado entre mais de trinta candidatos, em campanha pelo país, teria meios de elaborar um plano de recuperação da economia.
A temporada de fantasias já passou, pelo menos desde que o Lula tirou Dilma do bolso do colete. Ela conseguiu o milagre de demolir o antecessor, ficando claro haver passado a sua hora. Do mato do PT não sai mais coelho. Os dois grandes partidos,  PSDB e PMDB, pecam um por  excesso, outro por escassez:  Michel Temer não venceria eleições para síndico de seu prédio, ao tempo em que Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra deixaram  de sensibilizar suas próprias bases.
Saindo das mesmas indefinições de sempre, lá vem outra vez Marina Silva.  Admite-se Ciro Gomes, pelo menos portador de conhecimentos razoáveis da realidade nacional. Correm em faixa própria e limitada Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro. Joaquim Barbosa e Sergio Moro poderiam constituir-se em opções, até porque parecem mais conhecidos do que os referidos anteriormente.
De qualquer forma, outros não faltarão. A única ressalva será que tanto Dilma quanto Temer parecem fora de cogitações. Ainda bem…

11 de abril de 2016
Carlos Chagas

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