A inclusão das suspeitas sobre a compra da refinaria de Pasadena (EUA) ainda é uma dúvida para a conclusão do relatório final do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator da comissão de impeachment aberta na Câmara contra Dilma Rousseff.
A partir desta segunda-feira (4), Jovair terá cinco sessões plenárias para entregar o relatório, mas disse que deve fazê-lo entre quarta (6) e quinta-feira (7).
A aquisição da refinaria americana pela Petrobras, em setembro de 2006, na época em que Dilma era ministra de Casa Civil e presidente do conselho da Petrobras, gerou prejuízo de US$ 792 milhões.
Referências à compra da refinaria constam da denúncia para abertura de processo de impeachment protocolada pelos advogados Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, Janaina Paschoal e Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT.
DESCULPA DE DILMA
A presidente disse em diversas ocasiões que não teve conhecimento, na época, de detalhes do negócio. A PGR (Procuradoria Geral da República) considerou que informações prestadas pela Presidência “afastam a acusação de conduta dolosa ou culposa que possa ser atribuída” ao conselho da Petrobras.
Com base em depoimentos de delatores e quebras de sigilo bancários, a Operação Lava Jato concluiu que houve pagamento de propina em torno do negócio, mas não há acusação que envolva Dilma.
HÁ DÚVIDAS
A Folha apurou que, até quinta, Jovair pretendia não tratar de Pasadena, porque poderia haver impeditivo legal. O relatório ficaria restrito às pedaladas fiscais e decretos para suplementação orçamentária. Na sexta (1º), porém, após reunião com a área técnica de apoio à CPI, passou a considerar incluir no relatório o tema, principalmente se a defesa de Dilma incluir o assunto na manifestação por escrito que deverá protocolar nesta segunda (4).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Também na Folha, a colunista Natuza Nery revela que o relator vai citar casos de corrupção e problemas da gestão de Dilma como “complementos”, mas sem avançar o sinal para evitar contestações no STF. O governo mapeou os cargos indicados por Arantes. O mais importante deles foi demitido semana passada. “Palacianos dizem que nenhum sobreviverá no posto caso o relatório seja favorável ao impeachment”, diz Natuza Nery. (C.N.).
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Também na Folha, a colunista Natuza Nery revela que o relator vai citar casos de corrupção e problemas da gestão de Dilma como “complementos”, mas sem avançar o sinal para evitar contestações no STF. O governo mapeou os cargos indicados por Arantes. O mais importante deles foi demitido semana passada. “Palacianos dizem que nenhum sobreviverá no posto caso o relatório seja favorável ao impeachment”, diz Natuza Nery. (C.N.).
04 de abril de 2016
Rubens Valente
Folha
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