Padre Antônio Vieira é o maior escritor da língua portuguesa, por isso é província de chatíssimos, repetitivos e vazios estudos literários.
Infelizmente nossa pobreza mental o desconhece como o maior pensador latino-americano e ibérico.
Vieira é um filósofo profundo, sutil e poderoso, e um teólogo de escol comparável a Aquino.
Sua perfeição argumentativa provém do latim clássico, modelo de clareza e objetividade que depura a língua portuguesa da confusão visigótica que a parasita e polui.
Seu Sermão mais conhecido, o da Sexagésima, é um estudo original e penetrante que desenvolve três teses sobre a comunicação humana, tornando-o um pioneiro da teoria da comunicação, campo em que Eco e McLuhan fizeram fama.
No Sermão da Sexagésima Vieira analisa o problema básico da eficiência da pregação, em que muito se prega mas poucos se convertem.
Notem que durante sua vida Vieira pregou para Sarneys da Corte e Sarneys da Floresta, para cortesões selvagens corrompidos e nativos corruptos selvagens.
Vieira conclui que a deficiência não se encontra na mensagem [o evangelho], nem em quem recebe a mensagem [o público], mas em quem emite a mensagem [o pregador].
O milieu intelectual do Sermão é uma discussão de Vieira com Lutero e demais protestantes que recuperaram a mensagem e a obra evangélica de São Paulo em que se desinflaciona a importância das obras para a salvação individual e se releva o papel da fé e da graça divina.
Sua primeira tese argumenta que a falha de comunicação se deve ao fato de que o mensageiro não deve se limitar apenas as palavras, mas deve mostrar e substanciar seu discurso com suas ações e obras.
Sua segunda tese se baseia no preceito de que a pregação deve ser original, pois não se pode lutar e vencer batalhas com armas alheias.
O evangelizador deve ter conhecimento, fé e articular suas crenças de tal modo a persuadir sua platéia.
Sua Terceira tese e a mais sutil, é a da interpretação da mensagem.
O evangelho e demais sagradas escrituras se mal interpretadas gerarão o resultado inverso do que pretende o pregador.
O bom pregador não papagueia a Biblia, mas reflete e compreende sua mensagem e a transmite com tal peso e força que descontenta o homem que a recebe.
04 de abril de 2016
in selva brasilis
Infelizmente nossa pobreza mental o desconhece como o maior pensador latino-americano e ibérico.
Vieira é um filósofo profundo, sutil e poderoso, e um teólogo de escol comparável a Aquino.
Sua perfeição argumentativa provém do latim clássico, modelo de clareza e objetividade que depura a língua portuguesa da confusão visigótica que a parasita e polui.
Seu Sermão mais conhecido, o da Sexagésima, é um estudo original e penetrante que desenvolve três teses sobre a comunicação humana, tornando-o um pioneiro da teoria da comunicação, campo em que Eco e McLuhan fizeram fama.
No Sermão da Sexagésima Vieira analisa o problema básico da eficiência da pregação, em que muito se prega mas poucos se convertem.
Notem que durante sua vida Vieira pregou para Sarneys da Corte e Sarneys da Floresta, para cortesões selvagens corrompidos e nativos corruptos selvagens.
Vieira conclui que a deficiência não se encontra na mensagem [o evangelho], nem em quem recebe a mensagem [o público], mas em quem emite a mensagem [o pregador].
O milieu intelectual do Sermão é uma discussão de Vieira com Lutero e demais protestantes que recuperaram a mensagem e a obra evangélica de São Paulo em que se desinflaciona a importância das obras para a salvação individual e se releva o papel da fé e da graça divina.
Sua primeira tese argumenta que a falha de comunicação se deve ao fato de que o mensageiro não deve se limitar apenas as palavras, mas deve mostrar e substanciar seu discurso com suas ações e obras.
Sua segunda tese se baseia no preceito de que a pregação deve ser original, pois não se pode lutar e vencer batalhas com armas alheias.
O evangelizador deve ter conhecimento, fé e articular suas crenças de tal modo a persuadir sua platéia.
Sua Terceira tese e a mais sutil, é a da interpretação da mensagem.
O evangelho e demais sagradas escrituras se mal interpretadas gerarão o resultado inverso do que pretende o pregador.
O bom pregador não papagueia a Biblia, mas reflete e compreende sua mensagem e a transmite com tal peso e força que descontenta o homem que a recebe.
04 de abril de 2016
in selva brasilis
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