"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 19 de abril de 2016

GILMAR IRONIZA DEFINIÇÃO DO RITO NO SENADO JÁ DETERMINADO PELO STF

MINISTRO PONDERA QUE TALVEZ FALTE DEFINIR HORA DE SERVIR O CAFÉ

MINISTRO GILMAR MENDES, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. (FOTO: DENISE ANDRADE/AE)



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes ironizou, nesta terça-feira, 19, a definição de rito do impeachment no Senado proposta pelo presidente da Casa Legislativa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo presidente do Tribunal, Ricardo Lewandowski.

"Eu tinha entendido que isso já tinha sido resolvido. Até porque já teve um roteiro de autoria do ministro Celso de Mello (sobre o assunto). Mas pode ser que tenha que se detalhar o momento que vai servir café, servir água, ou coisas desse tipo", caçoou.

O ministro descartou, no entanto, que a discussão entre STF e Senado de como a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff irá tramitar a partir de agora atrase o processo e que não cabe nenhuma inovação nesta etapa. "É só repetir aquele roteiro que o ministro Celso apresentou que se diz que foi elaborado aqui", defendeu.

O ministro Luiz Edson Fachin também disse entender que o rito do impeachment já havia sido discutido pelo Supremo em dezembro e que é preciso aguardar para ver o que será decidido por Renan e Lewandowski. "A baliza básica é a da ADPF", afirmou.

Reservadamente, um outro ministro da Corte defendeu a decisão do presidente da Casa de deixar claro quais regras vão ser seguidas pois isso vai evitar a judicialização do processo.

Na segunda-feira, 18, Renan e Lewandowski decidiram que vão definir juntos o roteiro que deverá ser seguido durante a análise do processo de impeachment. Eles não estabeleceram prazos de quando irão divulgar as regras.

O objetivo é unificar num só rito as regras do regimento interno do Senado, a lei do impeachment de 1950, as definições do Supremo sobre o assunto, além do que aconteceu durante o processo de afastamento de Fernando Collor de Mello em 1992.


19 de abril de 2016
diário do poder

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