Na avaliação de Armínio, o Tesouro Nacional “está quebrado”, assim como a maior parte dos estados. Ele orientou Temer a abrir os olhos em relação aos bancos públicos, em especial em relação à Caixa Econômica Federal, cuja situação “é mais do que preocupante”. Para o ex-presidente do BC, Temer também terá que dedicar atenção especial à Petrobras, cuja situação “é delicadíssima”.
Armínio está ajudando Temer a compor a equipe econômica de seu eventual governo. Para a Fazenda, ele está indicando Murilo Portugal, hoje presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban,) e Henrique Meirelles, do grupo JBS e ex-presidente do BC. Para o comando da autoridade monetária, os novos sugeridos são os de Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco, de Luiz Fernando Figueiredo, da Mauá Sekular, ambos ex-diretores do BC na gestão de Armínio, além de Mário Mesquita, muito ligado a Meirelles, do qual foi subordinado, hoje sócio do Banco Brasil Plural.
Na visão do ex-presidente do BC, se realmente assumir a Presidência da República, Temer terá que dar um choque de credibilidade, anunciando um governo austero, responsável fiscalmente e comprometido com a estabilidade financeira. Se não fizer isso, estará fadado a repetir o fracasso da gestão de Dilma, que resultou na maior recessão da história do país. Em dois anos, o Produto Interno Bruto (PIB) poderá cair mais de 8%.
19 de abril de 2016
Vicente Nunes Brasília
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