"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 19 de abril de 2016

TEORI DIZ NÃO TER PREVISÃO PARA JULGAR AFASTAMENTO DE CUNHA

SEM PRAZO
PEDIDO FOI FEITO PELO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA HÁ QUATRO MESES


PEDIDO FOI FEITO PELO PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA HÁ QUATRO MESES. FOTO: ANTONIO CRUZ/ABR


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki afirmou nesta terça-feira, 19, que ainda não tem uma data para levar ao plenário da Corte o pedido de afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo e da cadeira de deputado federal. "Estou analisando", afirmou o ministro, responsável pelas ações da Operação Lava Jato no STF.

O pedido foi feito há quatro meses pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas, a ideia de afastar o presidente de outro Poder enfrenta resistência entre os ministros e foi deixada de lado pela Corte.

Após a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, porém, a tendência é o Supremo redefinir se enfrenta ou não o afastamento de Cunha.

Para governistas, a inércia do STF em relação a Cunha, responsável por conduzir o impeachment na Câmara, foi crucial para a aprovação do processo no último domingo.

Fragilidade

Uma das dificuldades para apreciar o pedido de Janot é a avaliação corrente, em mais de um gabinete no STF, de que a peça apresentada pela Procuradoria-Geral da República é frágil. Na visão de um integrante do tribunal, é mais interessante para a Corte manter a ameaça do afastamento sobre o presidente da Câmara do que correr o risco de derrubar o pedido de Janot em plenário.

O pedido de afastamento apresentado por Janot tem 183 páginas nas quais são listados os 11 pontos que a PGR vê como eventos que indicam prática de "crimes de natureza grave", com uso do cargo a favor do deputado, integração de organização criminosa e tentativa de obstrução de investigações criminais, fundamentados em material colhido no curso da Lava Jato, depoimentos de testemunhas e reportagens. Cunha é réu em ação penal que teve autorização por ser aberta pelo plenário do tribunal e alvo de mais dois inquéritos no Supremo. (AE)



19 de abril de 2016
diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário