"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de março de 2016

GOVERNO CAI NA REAL E PERCEBE QUE O IMPEACHMENT JÁ É INEVITÁVEL




O ex-presidente Lula foi convencido por aliados a vir a Brasília, mesmo depois da liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes suspendendo sua nomeação como ministro da Casa Civil. O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), foi um dos que disse a Lula que ele precisava comandar pessoalmente as negociações para conter o processo de impeachment na Câmara.
Lula se reunir com a presidente Dilma Rousseff ainda na noite de segunda-feira. Também está prevista uma reunião dos parlamentares com o ex-presidente.
Aliados contam que, embora o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva esteja com sua nomeação para ministro da Casa Civil em suspenso, não conseguirá fazer toda a articulação pró-governo em São Paulo porque, após os vazamentos de suas conversas, ninguém mais quer falar ao telefone com o petista.
ATRÁS DO PMDB
Além de Lula, Jaques Wagner (chefe de gabinete de Dilma), Berzoini (ministro da Secretaria de Governo), líderes aliados e ministros do PMDB foram chamados para ajudar o governo na tarefa de conquistar votos na Comissão de Impeachment e no plenário.
— Temos a expectativa de que o PMDB permaneça no governo — disse Humberto Costa.
Na reunião de coordenação política desta segunda-feira, ficou decidido que o governo vai montar uma força-tarefa para ganhar todos os votos necessários para rejeitar o processo de impeachment na Câmara. Na reunião, foi feita uma avaliação de que ela perdeu a margem de votos que tinha antes do acirramento da crise política, a partir da divulgação da delação do ex-líder do governo Delcídio Amaral.
As frentes política e jurídica se somam à econômica. Dilma se reuniu também com os ministros Nelson Barbosa (Fazenda) e Valdir Simão (Planejamento) para fechar medidas de estímulo à economia que possam ser lançadas em breve.
PERDENDO VOTOS
Um participante contou que, até o fim da semana retrasada, a conta era que o governo tinha entre 240 e 250 votos para derrubar em plenário. Hoje, teria o limite para barrar o impeachment. Dos 513 deputados, é preciso que 172 fiquem do lado do governo.
Em uma operação casada para tentar sobreviver à aguda crise política, Dilma receberá hoje no Palácio do Planalto um grupo de juristas que condenam as últimas ações do juiz da 13ª Vara Federal, Sérgio Moro.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O desespero do Planalto é comovente. Lula, Dilma, o PT e o governo estão na mesma situação da célebre peça teatral de Oduwaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, escrita há exatos 60 anos, no início do regime militar. O processo de impeachment nem começou, está apenas nos preparativos, mas a base aliada se esfarela e Dilma perde votos a cada dia. Daqui em diante, o último a sair que apague a luz, porque o povo está se manifestando todos os dias diante do Planalto, a praça virou um point em Brasília. É o começo do fim(C.N.)
22 de março de 2016
Cristiane JungblutO Globo

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