"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 22 de março de 2016

DILMA MENTIU NO DEBATE COM AÉCIO, DIZ A DELAÇÃO DA ODEBRECHT

Dilma mentiu ao dizer que empréstimo a Cuba tinha garantia da Odebrech







Em depoimento à Polícia Federal no dia 24 de fevereiro, o presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa Silva Júnior, preso na Operação Acarajé, disse que o dono do grupo, Marcelo Odebrecht ficou “indignado” com a fala de Dilma sobre o financiamento do Porto de Mariel, em Cuba, durante debate eleitoral em 2014.
Ainda segundo o executivo, Marcelo Odebrecht cogitou acionar Andréa, irmã do então candidato tucano Aécio Neves, para “prestar os devidos esclarecimentos”.
“Marcelo ficou indignado com afirmação feita pela Presidente sobre o fornecimento de garantias em obras internacionais e cogitou que fosse acionada a irmã de Aécio Neves para que fossem prestados os devidos esclarecimentos, a fim de mostras que a afirmativa da presidente no debate era falsa’, afirmou o executivo aos investigadore
ALGO A ACRESCENTAR
Benedicto decidiu citar o episódio ao final de seu depoimento, quando o delegado indagou se ele teria algo a acrescentar. O executivo, então, explicou algumas das trocas de mensagens de celular que manteve com Odebrecht e que foram interceptadas pela Polícia Federal e serviram de base para 23ª fase da Lava Jato.
Em um dos diálogos, durante o debate do segundo turno entre Dilma e Aécio no dia 24 de outubro, Marcelo Odebrecht manifesta a Benedicto sua indignação. “Ela (Dilma) está mentindo. Passe um torpedo para a irmã (do Aécio). O financiamento e as garantias são do governo de Cuba. Aliás melhor deixar quieto, vai que ela mostra seu torpedo para alguém lá!”, disse o dono da Odebrecht. Até então, não se sabia que a “irmã” na mensagem seria uma parente do tucano.
POLÍTICOS E PARENTES
É a primeira vez que um executivo da empreiteira identifica políticos e parentes nos diálogos mantidos com Marcelo Odebrecht. À PF, contudo, Benedicto não deixa claro qual seria a irmã do tucano, já que Aécio tem duas. Para os investigadores da Lava Jato, o executivo seria o nome acionado por Marcelo Odebrecht “para a tratativa de assuntos escusos”, diz a Polícia Federal no relatório que embasou a 23ª fase da Lava Jato.
Em sua delação premiada, o senador e ex-líder do governo no Senado Delícidio Amaral (sem partido-MS) afirmou que a irmã mais velha de Aécio, Andréa Neves e a “mentora infelectual” do tucano e que “estava por trás” do governo de Minas nas gestões do hoje senador mineiro. Ela ficou conhecida por coordenar a área de comunicação e assessoria de imprensa do governo do irmão em Minas.
PORTO DE MARIEL
Localizado a 45 quilômetros de Havana, capital de Cuba, o porto de Mariel é a grande aposta do país de regime comunista para mudar sua economia. Custou US$ 957 milhões e, deste total, US$ 682 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Da quantia financiada pelo BNDES para a construção de Mariel, pelo menos US$ 802 milhões seriam gastos no Brasil na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros, de acordo com informações do governo. Por causa desse acordo, empresas brasileiras se dispuseram a participar do empreendimento, mediante a exportação dos serviços que prestam e dos bens fabricados no Brasil.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Conforme anunciamos aqui na Tribuna da Internet, em absoluta primeira mão, a delação da Odebrecht vai destruir o que resta de Lula e Dilma Rousseff. Esta afirmação de que uma obra em Cuba, orçada em 957 milhões de dólares, gastaria 802 milhões de dólares na compra de bens e serviços brasileiros, só pode ser Piada do Ano. E ainda teve quem acreditasse nessa conversa fiada do BNDES? Por favor, não brinquem com a inteligência alheia. É patéticoQuanto às revelações da Odebrecht, já podemos imaginar o que vai acontecer quando a delação premiada do ex-presidente Marcelo for aprovada por Teori Zavascki… (C.N.)

22 de março de 2016
Mateus Coutinho, Julia Affonso e Ricardo Brandt
Estadão

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