O presidente eleito na Argentina quer passar a limpo alguns dos episódios mais obscuros da história do país, entre os quais o atentado terrorista contra a sede da Amia, o assassinato do procurador do caso e as negociações secretas entre o governo de Cristina Kirchner e o Irã
Entre a mudanças que serão empreendidas por Mauricio Macri, que assumirá no próximo dia 10 a presidência da Argentina, está a redefinição da condução das investigações sobre a morte do procurador Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento em janeiro deste ano.
A futura ministra da Segurança, Patricia Bullrich, e o presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri. Eles têm como meta a revisão das investigações sobre a morte de Nisman(Maria Ines Ghiglione/GCBA/Reprodução) |
Entre a mudanças que serão empreendidas por Mauricio Macri, que assumirá no próximo dia 10 a presidência da Argentina, está a redefinição da condução das investigações sobre a morte do procurador Alberto Nisman, cujo corpo foi encontrado em seu apartamento em janeiro deste ano.
Macri estabeleceu como meta uma revisão dos procedimentos adotados na apuração da morte de Nisman, que era o titular de uma procuradoria especial que investigava o atentado terrorista contra a sede da Associação Mutual Israelita da Argentina (Amia).
Oficialmente, Alberto Nisman teria se matado com um tiro na cabeça quatro dias depois de apresentar uma denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e o chanceler Hector Timmerman.
O procurador acusou a dupla de tentar encobrir a participação de autoridades iranianas no atentado.
Em uma das primeiras manifestações depois da confirmação do resultado das eleições, Macri afirmou que enviará ao Congresso um projeto de lei para revogar o Memorando firmado com Irã, que previa um revisão nas investigações do atentado.
Em uma das primeiras manifestações depois da confirmação do resultado das eleições, Macri afirmou que enviará ao Congresso um projeto de lei para revogar o Memorando firmado com Irã, que previa um revisão nas investigações do atentado.
Segundo Nisman, o acordo bilateral foi desenhado por meio de uma "diplomacia" paralela em que os governos da Argentina e do Irã condicionaram temas comerciais à suspensão das investigações.
A futura ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, era uma das parlamentares mais próximas de Nisman. Seu nome é visto com preocupação nos círculos kirchneristas, pois ela jamais escondeu sua descrença na investigação e nas versões oficiais a respeito da morte do procurador.
A futura ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, era uma das parlamentares mais próximas de Nisman. Seu nome é visto com preocupação nos círculos kirchneristas, pois ela jamais escondeu sua descrença na investigação e nas versões oficiais a respeito da morte do procurador.
Apesar de todas as evidências apontarem para um homicídio, o governo argentino sustenta a tese de suicídio.
Patricia, que foi a deputada mais votada na última eleição, era quem receberia Nisman no Congresso para que fossem apresentadas suas justificativas para o indiciamento da presidente e do ministro das Relações Exteriores.
Patricia, que foi a deputada mais votada na última eleição, era quem receberia Nisman no Congresso para que fossem apresentadas suas justificativas para o indiciamento da presidente e do ministro das Relações Exteriores.
Uma das mais importantes líderes da oposição aos governos kirchneristas, ela terá papel fundamental na recondução das investigações.
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