O processo de impedimento da presidente Dilma, que vem sendo debatido com paixões por certos movimentos e advogados, e através da razão e da lei, conforme indiscutíveis organizações e juristas, encerra em si mesmo poderosa contradição. De um lado, a democracia, que dizem estar sofrendo um golpe; do outro, o impeachment consta na Constituição, portanto, é legítimo.
Ambas as facções enaltecem e são pródigas na sua divulgação. Diz-se que o povo tem uma poderosa autoridade sobre aqueles que elege, um poder incomum que, no entanto, desaparece quando se faz necessário que este governante seja avaliado pelos representantes da população, o Poder Legislativo, para decidir se permanece ou não à testa do País mediante irregularidades devidamente comprovadas.
Ora, a democracia então está sendo desprezada solenemente! Se os institutos de pesquisa apontam a queda vertiginosa de Dilma quanto ao seu governo e popularidade, é um sintoma que deve ser considerado como importante para esta análise.
CRISE GRAVÍSSIMA
Se o Brasil está envolto em uma crise econômica e política gravíssima, porque os números indicam com propriedade queda na indústria, comércio, emprego, aumento da inflação, com Legislativo e Executivo que não se entendem, também seria outro aspecto de suma importância para reforçar o processo de impedimento de Dilma.
Da mesma forma, se o governo está envolvido em permanentes escândalos, somados à insatisfação popular, acrescidos de crises em áreas vitais ao Brasil, consequências de uma administração caótica, portanto, influindo diretamente na vida da população, relação direta com a democracia, defender o governo de Dilma é ser antidemocrático, é proteger o Estado Tirânico Petista sob a falsa alegação de se importar com a “democracia”, menos com aqueles que a detém em suas mãos, os legítimos donos deste sistema democrata, os cidadãos vítimas dessa incúria governamental que foram enganados pelas promessas de campanha e que a conduziram à presidência da República.
AUTORIDADE DO POVO
Ora, na razão direta que a democracia elegeu Dilma, a maioria do povo, portanto, e a presidente usou a eleição para permitir que o Estado Tirânico Petista transformasse o Brasil em uma espécie de feudo para exploração, roubo, assalto, pilhagem, corrupção desmedida, desonestidade em qualquer atitude, imoralidade permanente e total falta de ética em qualquer conduta, gesto ou movimento, o povo, do alto da sua autoridade, deve questionar esse comportamento nefasto e pernicioso, deletério e deplorável de seu governo, e mandá-la para casa ou para a cadeia, simples!
E não se pode dizer, de forma absolutamente irresponsável e fundamentada em sofismas e falácias, que o processo de impeachment ora deflagrado contra Dilma é antidemocrático, muito pelo contrário, pois bastariam a insatisfação do povo e os dados da economia para tirá-la do poder, caso a poderosa autoridade popular neste aspecto não fosse contraditoriamente desprezada, pois se está dando muito mais ênfase e importância a um processo de destituição legal, ainda que tendo a fortalecê-lo a Carta Magna, que ao poder popular que, na razão direta que elege, pode também retirar do seu eleito o mandato.
Que raio de democracia é esta, divulgada pelo Estado Tirânico Petista e cúmplices, em que o povo neste momento é absolutamente desprezado e os interesses populares são desconsiderados?!
A democracia brasileira estaria sendo deturpada para favorecer grupelhos no poder, pois quando se faz necessária a retirada do bando de criminosos, o povo não tem mais a autoridade antes configurada para eleger, fica sem poder para destituir. É uma democracia de mão única?
08 de dezembro de 2015
Francisco Bendl
Nenhum comentário:
Postar um comentário