Dezenas de fotografias mostram a amizade fraternal entre o fazendeiro e o presidente da República. Elas constam do trabalho da Polícia Federal, que indiciou nesta sexta-feira o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, pelos crimes de corrupção passiva e gestão fraudulenta de empresas.
Para PF, Bumlai pode ter usado o nome do ex-presidente para obter vantagens em negócios relacionados à Petrobras. Para os investigadores, embora o pecuarista tenha dito que não tinha ligação direta com o PT, foi encontrado documento em que o filho dele, Maurício Bumlai, pede ao partido sua desfiliação em fevereiro de 2014.
Os investigadores encontraram na casa do pecuarista mais de vinte fotos entre ele e o ex-presidente.
Bumlai é suspeito de intermediar um empréstimo do Banco Schahin ao PT. De acordo com delação do proprietário da instituição financeira, Salim Schahin, R$ 12 milhões emprestados ao Bumlai foram repassados a empresas do Grupo Bertin, do empresário Natalino Bertin.
Os investigadores suspeitam que Natalino pode ter se encarregado de fazer pagamentos a terceiros indicados pelo pecuarista.
Os documentos anexados pela PF ao inquérito mostram uma transferência de R$ 2 milhões para a empresa de fachada Legend, de Adir Assad, condenado na Lava-Jato por lavagem de dinheiro. Os investigadores ainda não sabem qual o motivo da transferência.
Em delação premiada, o lobista Fernando Baiano disse que pagou R$ 2 milhões ao pecuarista. O valor seria usado para quitar um apartamento de uma nora de Lula. O ex-presidente nega a transação e diz que nunca autorizou Bumlai a pedir ou falar algo em seu nome.
12 de dezembro de 2015
in coroneLeaks
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