Economistas e representantes do empresariado divergem sobre a nomeação de Nelson Barbosa como ministro da Fazenda. Parte acredita na volta da política econômica adotada no primeiro governo Dilma, marcada pela expansão do crédito público e pela contabilidade criativa.
Outros afirmam que Barbosa conhece os erros do mandato anterior e que ele não representa uma inflexão no modelo adotado por Joaquim Levy, que deixou o governo nesta sexta (18).
Para a economista Monica de Bolle, consultora do Instituto Peterson de Economia Internacional, Barbosa conhece os erros do passado, mas isso não significa que ele não poderá adotar medidas semelhantes como ministro da Fazenda. “O Nelson Barbosa vai fazer o que Dilma mandar ele fazer”, afirmou à Folha.
“Neste final do primeiro ano do segundo governo Dilma, só sobrou o que nós achávamos que ela faria logo depois de ser reeleita: dobrar a aposta no que foi batizado de nova matriz econômica, com o crédito público sendo um suposto indutor do crescimento, e que trouxe a economia para esse desarranjo que estamos vendo em 2015. O ministro Nelson Barbosa vai fazer o que Dilma mandar ele fazer. Se a Dilma quisesse que outra pessoa conduzisse a política econômica, ela teria mantido o Levy ou teria chamado outra pessoa. Barbosa é um técnico que pensa mais ou menos como a Dilma, mas vai atender o que ela mandar ele fazer e não tem a menor capacidade de negociar com o Congresso”, assinalou Monica de Bolle.
21 de dezembro de 2015
Tatiana Freitas e Toni Sciarretta
Folha
Nenhum comentário:
Postar um comentário