"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

BRASIL DESABA E JÁ É A NONA ECONOMIA MUNDIAL



(Folha) Com a recessão e a valorização do dólar, o Brasil vai terminar o ano como a nona maior economia mundial, segundo previsão do FMI. O país, que tinha o sétimo maior PIB global no ano passado, não apenas será ultrapassado pela Índia, como o próprio Fundo já previa em suas projeções de abril, mas também ficará atrás da Itália. 

A última vez que o Brasil não ficou entre as oito maiores economias mundiais foi em 2007. Naquele ano, o país tinha o décimo PIB global, mas a crise americana veio logo a seguir, arrastando a economia europeia e derrubando os PIBs de Espanha e Itália, que antes estavam à frente do brasileiro. 

Pelos cálculos do FMI, o PIB brasileiro será de US$ 1,8 trilhão neste ano, o menor, em valores correntes, desde 2009. No ano passado, ele ficou em US$ 2,3 trilhões. O declínio do Brasil no ranking das maiores economias globais deve-se em parte à recessão atual. O Fundo prevê que a economia brasileira vai encolher 3% neste ano, 1,5 ponto percentual mais que na projeção anterior, de julho. 

O Brasil é o país com o maior corte na expansão projetada pelo FMI e, com a Venezuela (previsão de queda de 10% neste ano e 6% em 2016), vai arrastar a economia latino-americana para uma retração de 0,3% em 2015. Outra parte importante deve-se ao dólar, que subiu mais de 50% em relação ao real neste ano, em meio a tensões externas (expectativa de aumento dos juros nos EUA) e principalmente internas (dificuldades do governo nas suas relações com o Congresso e dúvidas sobre o cumprimento da meta fiscal).

Como os cálculos do FMI para comparação global são feitos em dólar, variações bruscas na cotação da moeda americana têm impacto na medição do PIB de cada país. Quando a o cálculo é feito levando em conta a paridade do poder de compra, o país permanece em sétimo lugar, com 2,84% do PIB global, ante 3,01% em 2014. Na projeção de abril, o FMI estimava que essa participação neste ano seria de 2,90% do PIB. 

O cálculo da paridade do poder de compra tenta eliminar distorções, criando uma taxa de conversão que reflita adequadamente o custo de vida de cada país. Em termos per capita, em valores correntes, o país caiu de 61º (US$ 11,6 mil) em 2014 para 70º (US$ 8.802) neste ano. Em paridade do poder de compra, a queda foi menor: de 75º para 77º.

07 de outubro de 2015
in coroneLeaks

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