A presidente Dilma Rousseff pediu ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que adiasse a viagem que ele faria hoje à Turquia, onde participaria da reunião do G-20, o grupo das economias mais ricas do planeta. Dilma convocou o subordinado ao Palácio do Planalto para lhe dizer que vai restabelecer o poder que ele tinha perdido a fim de retomar a arrumação das contas públicas.
Fontes do Planalto dizem que Dilma foi alertada pelo presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, de que o enfraquecimento de Levy estava estimulando um ataque especulativo contra o Brasil. O dólar, em questão de dias, chegaria aos R$ 4, pressionando a inflação e obrigando o Banco Central a se desfazer de reservas internacionais.
Os novos poderes de Levy significam o enfraquecimento dos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que vinham dando o tom da política econômica, muito parecida com a que prevaleceu no primeiro mandato de Dilma e levou o Brasil para o buraco.
Com Levy de novo no comando da política econômica, é possível que o governo encaminhe um adendo ao projeto de Orçamento da União, para cobrir o rombo de R$ 30,5 bilhões previstos para 2016. Levy foi contra esse deficit. Defendia que o governo cortasse gastos para fechar as contas.
04 de setembro de 2015
in corone
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