Há quase um mês, Michel Temer alertou para a necessidade de aparecer “alguém” capaz de reunificar o país sacudido por tantas crises.
“Golpista”, murmuraram vozes enfurecidas dentro e nas cercanias do governo, e também do PT.
Dilma está tão fraquinha que nenhuma voz do governo ou do PT ousou criticar Temer de público.
Foi o próprio Temer quem se apressou em explicar o que dissera. Não convenceu. Mas todo mundo permaneceu calado.
O que Temer dirá agora depois do que disse ontem para empresários paulistas?
Não há conserto para o que ele disse. E o que disse o afasta de Dilma, e indica que o PMDB poderá, em breve, se afastar ainda mais do governo.
Quem sustenta o governo-balança-mas-por-ora-não-cai é o PMDB. Que transferiu para o fim do ano o seu congresso.
Até lá, as relações do partido com Dilma só tendem a se agravar. Temer tocou fogo nelas.
04 de setembro de 2015
Ricardo Noblat
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