"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

YOUSSEF: ESQUEMA DE PROPINAS NA PETROBRAS ERA POLÍTICO

EM DEPOIMENTO, YOUSSEF AFIRMA QUE O ESQUEMA DE PROPINAS NA PETROBRAS ERA POLÍTICO E ENVOLVE A EMPREITEIRA ODEBRECHT.

O doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato, disse em depoimento na Justiça Federal no Paraná nesta quarta feira, 29, que arrecadou em propinas sobre contratos fraudados da Petrobrás “em torno de R$ 180 milhões”. Ele disse que “esse valor é bruto, não foi lucro dele”. “Líquido? Em torno de uns 7 ou 8 milhões de reais que tenham ficado para mim”, declarou o doleiro.
“A propina era sistemática”, disse Youssef, ao ser questionado por um advogado na audiência relativa aos processos criminais contra os empreiteiros da Lava Jato que nesta quarta feira, 29, foram transferidos para prisão domiciliar.
VEJA A PARTE EM QUE O DOLEIRO FALA SOBRE A PROPINA ARRECADADA, A PARTIR DO MINUTO 1

As propinas giravam em torno de 1%, em média, sobre o valor dos contratos fraudados na Petrobrás. Parte ia para partidos políticos, outra para dirigentes da estatal petrolífera.
O mesmo advogado indagou do doleiro se a propina era paga para ganhar licitação ou para ter benefícios durante a execução dos contratos. 
“Para as duas coisas.” Youssef confirmou que certa vez viajou para o Uruguai acompanhado de Leonardo Meirelles – que a Polícia Federal aponta como seu ‘laranja’ em empresas de fachada -, e “um funcionário da Petrobrás”, do qual não citou o nome. 
Eles ficaram hospedados no Hotel Bourbon, em Montevidéu. Segundo o doleiro, o motivo da viagem foi para pagar propina. “(Propina) por um aditivo que a Odebrecht recebeu por uma obra da REPAR (Refinaria do Paraná).”
VEJA A ÍNTEGRA DO INTERROGATÓRIO DE ALBERTO YOUSSEF
Youssef disse que recebia sua parte “sempre em dinheiro”. Ele afirmou que aplicava o dinheiro da corrupção “em operações lícitas”.
COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
“A Odebrecht refuta, mais uma vez, as afirmações caluniosas, contra a empresa e seus integrantes, feitas por doleiro réu confesso em dezenas de processos da Justiça Federal do Paraná. É lamentável assistir a uma mentira ser reconstruída e emendada tantas vezes ao longo de vários depoimentos e ‘delações’, sem que isso traga qualquer consequência para um réu confesso em desespero para obter o perdão para seus crimes. 
A Odebrecht já afirmou diversas vezes que não fez nenhum pagamento ou depósito para qualquer ex-executivo da Petrobras ou a seus supostos intermediários. Todos os contratos de prestação de serviços conquistados pela Odebrecht foram pautados nas normas e leis vigentes. A empresa nunca participou de cartel, seja em contratos com a Petrobras ou com qualquer outro cliente público ou privado. 
É importante ressaltar que a base de valores praticada nos editais era determinada pela própria Petrobras e não pelas empresas, como reconheceu recentemente, em retificação ao que afirmara em ‘delações’ e depoimentos anteriores, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, outro réu confesso nos mesmos processos.” 

30 de abril de 2015
in aluizio amorim

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