Subidinha de meio por cento nos juros beneficia rentistas, mas arrasa com empresários e ferra com Dilma
Deve ser menor que zero a sensibilidade rentista da ortodoxa equipe econômica, diante da maior crise moral e econômica que o Brasil vive, com o Fundo Monetário Internacional constatando que o à[is enfrenta o pior ciclo em mais de 20 anos. Subir os juros básicos para 13,25%, como fez ontem o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil, é uma pancada na cabeça dos empresários que produzem e trabalham. Também é uma porrada nas contas do desgoverno, cuja trilonária dívida pública cresce ainda mais com a inoportuna subidinha da usura. Só os banqueiros, com lucros cada vez mais recordes, amaram a medida...
A Taxa Selic chega ao patamar de 2008 - quando o Brasil passou por aquela "marolinha" (surfada por Luiz Inácio Lula da Silva). A diferença é que, agora, o Brasil está em evidente recessão. Não cresce, seu custo fica mais caro e o modelo estatal capimunista mais ineficiente, perdulário e corrupto que nunca. Se a coisa está ruim, ainda pode piorar. O BC do B sinaliza mais aperto monetário em futuro próximo. A decisão do Copom de subir os juros em meio ponto percentual foi unânime - dando razão àquela máxima do imortal Nelson Rodrigues, de que a unanimidade pode mesmo ser burra...
A quinta alta seguida da Selic é um chute na cabeça dos brasileiros - que já custeiam os juros mais altos do planeta Terra. O comunicado oficial do BC do B é uma tragédia anunciada para quem comete a temeridade de produzir, trabalhar e empreender no Brasil: “avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual para 13,25% ao ano sem viés”.
Com a economia patinando, a coisa fica mais feia para a desgastadíssima Dilma Rousseff, que não tem mais condições morais e quase nenhuma sustentação política para presidir o Brasil de forma "pessoalmente soberana" (se é que isto já foi possível algum dia...). A derrocada econômica é a cavadinha na sepultura de Dilma...
EB fora da Petrobras
EB fora da Petrobras
O Exército está mesmo "prestigiado" no desgoverno Dilma: perdeu ontem o posto que tradicionalmente ocupava no Conselho de Administração da Petrobras.
Nelson Carvalho, professor da USP especializado em contabilidade e auditoria, Segen Estefen, da Coppe/UFRJ, e Roberto da Cunha Castello Branco, ex-diretor de Relações com Investidores da Vale e hoje na Fundação Getulio Vargas (FGV) fazem parte do novo Conselhão da companhia.
Também foram aprovados os outros quatro nomes já antecipados pela União: Murilo Ferreira, presidente da Vale, e que vai presidir o Conselho de Administração, Luciano Coutinho, presidente do BNDES - conselheiro desde 2007 -, Aldemir Bendine, presidente da Petrobras, e Luis Navarro, da Veirano Advogados.
Outra pequena derrota
O Bradesco Asset Management, que recebia o apoio da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, também saiu derrotado na disputa pela indicação de conselheiros.
O representante dos minoritários (donos de ações preferenciais) será Guilherme Affonso Ferreira, que era indicado da Amec (Associação de Investidores no Mercado de Capitais).
A Amec também emplacou Walter Mendes de Oliveira Filho como representante dos minoritários donos de ações ordinárias.
O representante dos empregados da Petrobras no Conselhão será Deyvid Bacelar.
Let it go...
Let it go...
Do Sérgio Moro, a amigos, lamentando a decisão do STF de libertar a turma do Clube de Empreiteiras da Lava Jato:
"Sim, uma decepção, mas não inesperada. Seguiremos em frente".
O juiz da 13a Vara tem toda razão: tem muito jogo ainda para se jogar...
Pela troca de presos
Briga de vizinhos
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou a decisão do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de instalar uma comissão para estudar mudanças na corte.
Cunha sugeriu instituir um mandato de 11 anos para ministros do STF - em vez da atual permanência no cargo até 70 anos de idade.
Também gostaria de mudar a forma de indicação dos integrantes do tribunal, que hoje são escolhidos pelo presidente da República.
Como Cunha e Marco Aurélio moram no mesmo condomínio de luxo na Barra da Tijuca, tomara que o conflito de ideias não acabe em uma briga de vizinhos no Golden Green...
Desabafo sincero
Desabafo sincero
Tudo pela liberdade
Os paralisados
Saindo da reta
30 de abril de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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