UMA AMEAÇA CONCRETA
Celso Serra
O conjunto de fatos ocorridos recentemente não me leva a crer que as palavras de Lula sejam meras bravatas. Para mim, foi uma ameaça concreta, ao se referir a colocar o exército do MST nas ruas.
O MST sempre foi considerado o braço armado do PT. E isso não é de hoje. Não devemos esquecer que – sorrateiramente – esteve no Brasil o vice-presidente e ministro para o Poder Popular das Comunas e Desenvolvimento Social da Venezuela, Elías Jaua, aquele cuja babá foi presa em São Paulo ao tentar ingressar no país com uma arma guardada em uma maleta. Até a babá tinha arma…
Veio fazer o quê? Assinar um “convênio” com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), conforme ele mesmo definiu, “para fortalecer o que é fundamental em uma revolução socialista”. Esse fato, além de significar uma interferência nos assuntos internos do país, pode ter íntima relação com ameaça feita por Lula e pertencer ao mesmo conjunto.
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LULA DEVIA FICAR CALADO
Valmor Stédile
Já que estou marcado em algumas postagens nas redes sociais como autor do discurso de João Pedro Stédile, honrado líder do MST a quem fui apresentado por Leonel Brizola em 1997, reforço a breve análise que fiz sobre esta recente manifestação de defesa da Petrobras. Acho que Lula cooperaria mais em silêncio, embora reconheça o direito à exposição.
Nessa nova aparição precisou de escolta policial para chegar ao evento, devia deixar Dilma Rousseff viver seu momento, porque desta vez ela venceu mais por méritos próprios e que a meu ver superam os dele e de seu antecessor.
Observem como a TV Globo bate no PT, mas poupa Lula. E este, quando esbraveja sobre o PSDB, poupa FHC, sabem por quê? É tática triangular, pela qual o polvo global se move sob dois polos políticos que se entrelaçam nas pontas.
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LULA QUER SE PROTEGER
Carlos Molina
O que “nunca sabia de nada” aciona a metralhadora giratória para intimidar os inimigos. A cada dia a crise causada pelos escândalos se aproxima cada vez mais da imagem dele, que está ficando menos blindado. Ele, grande responsável, ficou o tempo todo na moita, se preservou, enquanto os escândalos gerados por seu governo explodiam por cima do Planalto e da nova mandatária.
Como os seus braços nas negociatas (Vaccari, Gabrielli etc,) são citados nas declarações dos que se beneficiam com a delação premiada e começam a serem chamados para depor, o Lula quer o envolvimento direto da Dilma Rousseff e dos segmentos populares.
Ou melhor, quer a Dilma como “advogada de defesa” e os movimentos sociais como escudo.
27 de fevereiro de 2015
Celso Serra
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Penso que a 'causa' de Lula é mais complexa, e que as três opiniões entrelaçam-se em alguns aspectos.
Aproxima-se mais da verdadeira razão do estapafúrdio discurso de Lula, o comentarista Carlos Molina.
Parece-me que a intenção é desencadear uma crise, que de alguma forma perturbe o atual andamento da operação Lavajato.
Sabemos, no entanto, do espírito bravateiro de Lula. Gosta do estardalhaço, que nesse momento é muito importante, sobretudo se posar de vítima. Age como um sindicalista, discutindo benefícios classistas.
Instigou as Forças Armadas, com a estúpida provocação chamando de "exército" do MST,
o que talvez não passe de milícia, ou agrupamento de militantes, bradand0 ameaças, incitando militantes, provocando arruaças... Ameaçando a segurança pública.
Resistências do espírito petista, que tem reagido a desmoralização do partido e dos seus quadros, demonstram desespero com o avanço das delações premiadas que complicam a vida de políticos do partido, provocando e amplificando o desgaste do "projeto de continuidade do poder petralha".
Resumindo, trata-se de puro desespero diante do fracasso de um partido e de seu principal mentor Lula, pois sem ele o partido é mero ajuntamento, cuja arrogância mantinha o desejo de perpetuar-se no topo.
m.americo
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