PT duas caras quer bônus das desonerações fiscais sem ônus do tarifaço da Dilma.
Quando é para oferecer uma benesse, o PT é o dono da ideia. Foi assim com as desonerações fiscais populistas que agora começam a cair. Não há dinheiro. Não há arrecadação. Em tempos de crise, só resta ao PT aumentar impostos. Ou dar calotes nos brasileiros, como esse de corrigir a tabela do IR pelo centro da meta da inflação (4,5%) quando a mesma está acima de 7%. Nestas horas, o PT esconde a cara de pau e deixa tudo nas mãos dos partidos fisiológicos como PSD, PR e PROS e, principalmente, do PMDB. Fica de ladinho, como se não fosse governo.
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Ontem o PT soltou resolução onde diz, textualmente: "orienta" a bancada a "debater com o Executivo a possibilidade de manter o reajuste de 6,5% na tabela do Imposto de Renda do corrente exercício, aprovado com nosso voto e posteriormente vetado". O presidente nacional do PT, Rui Falcão, foi além e disse que é pessoalmente favorável à manutenção do projeto aprovado pelo Congresso, com o reajuste de 6,5% da tabela do IR.
Segundo o Valor Econômico, a decisão confronta recente declaração de Dilma que reafirmou o compromisso em manter o veto para evitar impacto e ofensa à Lei de Responsabilidade Fiscal. "Vou cumprir meu compromisso, é 4,5%, não vetamos porque queremos, vetamos porque não cabe no orçamento público", disse a presidente no dia 20.
Na justificativa ao veto, a presidente afirmou que a proposta levaria à renúncia fiscal de R$ 7 bilhões, sem vir acompanhada da devida estimativa do impacto orçamentário-financeiro. Em contrapartida, nos bastidores, lideranças petistas argumentam que a diferença entre o reajuste em 6,5% e o de 4,5% não seria superior a R$ 1,7 bilhão. Um custo "razoável" e que serviria de contraponto ao ajuste fiscal, que constrange o PT.
27 de fevereiro de 2015
in coroneLeaks
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