Contagem regressiva para impeachment de Dilma começa com Eduardo Cunha - rumo ao Planalto
Presidente da Autoridade Pública Olímpica, o General de Exército Fernando Azevedo Silva informou a O Globo que só aguarda uma sinalização do novo comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, que toma posse em 12 de fevereiro, para saber a batalha que lutará durante os próximos meses:
"Eu sou da ativa e cumpro missão. Eu tenho sempre que estar em condições de voltar (para atuar no Exército). Estruturei a APO; lançamos a matriz de responsabilidades, que era fundamental; montei uma equipe técnica, que é muito boa; um sistema de monitoramento exemplar. Então, a APO está bem encaminhada. Insubstituível, ninguém é".
03 de fevereiro de 2015
Um manifestante vestido de Batman, nos jardins do Congresso Nacional, segurava ontem um cartaz, na hora da posse dos deputados e senadores, advertindo: "Dilma, seu tempo está acabando. A Lava Jato está chegando". Antes que o Petrolão piore a situação dela, a Presidenta já teve de suportar ontem a vitória de seu inimigo declarado, Eduardo Cunha, para a presidência da Câmara Federal, com 267 votos contra 136 de Arlindo Chinaglia, 100 de Júlio Delgado, 8 de Chico Alencar e dois votos em branco. A goleada no primeiro turno indica que a contagem regressiva para o impeachment começou...
O PT nem terá condições de se cuidar. A banda rebelde do PMDB quer tomar de assalto o poder federal. Até Michel Temer corre risco. O maçom inglês e marido da bela Marcela tende a perder o comando do partido. Eduardo Cunha quer mais que simplesmente ser o terceiro na linha sucessória presidencial, como substituto eventual da Presidente e do vice. Cunha planeja um trabalho de imagem para se credenciar para a sucessão de 2018. Não espera apenas ter o apoio do crescente eleitorado evangélico. Pretende se credenciar como o "anti-PT". A missão promete ser fácil...
Eduardo Cunha ganhou musculatura. Dilma ficou mais fraquinha do que já tinha sido deixada pela crise conjuntural (inflação, apagão e seca), além do Petrolão. Só um alto cinismo de gestão política pode salvá-la. Neste quesito, Dilma leva grande vantagem. Na prática, o novo "Presidentro" é o Eduardo. Até o apagado mito Lula ficou de fora, e pode atrapalhar a companheira se continuar alimentando a autofagia petista. Dilma terá de comer na mão do Eduardo. Se tiver estômago, sobrevive. Do contrário, deve procurar outro emprego.
A semana ameaça novas tragédias políticas para o desgoverno. O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deve pedir ao Supremo Tribunal Federal que devolva à 13a Vara Federal em Curitiba os nomes de políticos que perderam o foro privilegiado na Lava Jato. Alguns nomes podem causar grandes danos para Dilma - contra quem juristas de oposição estudam ações de improbidade administrativa em função do Petrolão. Depois do carnaval, deve sair a tão esperada lista negra de deputados, senadores e governadores acusados de envolvimento em um dos maiores escândalos de corrupção nunca antes visto na História do Brasil.
No discurso antes da vitória acachapante em primeiro turno, o peemedebista Eduardo Cunha alvejou fortemente estilo SS e Gestapo da turma nazicomunopetralha: "Vivemos uma campanha muito dura, na qual fui muito atacado, agredido, até porque sabemos que o PT não tem adversário, tem inimigo. Todos aqueles que ousam o enfrentar acabam se tornando vítimas de todo tipo de ataque".
Antes, Cunha indicara como o governo perderia a hegemonia no Congresso: "Essa casa tem que recuperar o seu orgulho, a sua altivez. Sabemos que as eleições não têm hegemonia eleitoral, tem vitória eleitoral. Há 8 anos o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, dizia que não podemos concentrar o poder no mesmo partido. Infelizmente isso não ocorreu e acabou tendo como consequência uma submissão".
Ainda antes da votação, Cunha fez o discurso de bom moço: "Agradeço a todos os partidos que estão me apoiando e mais aqueles parlamentares que mesmo estando em outros partidos estarão conosco. Como o voto é secreto, só teremos duas oportunidades nessa legislatura de exercê-lo: agora, ou daqui a dois anos para eleger o sucessor. A escolha errada vai dizer que vamos ter o mesmo poder do Poder Legislativo e no governo e seremos subordinados ao Executivo".
A escolha acabou certa para o Eduardo Cunha e erradíssima para o governo, que terá de ceder para o poderoso desafeto que tem ambição de ampliar poder. Eduardo espera recuperar os espaços que Dilma lhe tirou. A "inimiga" contrariou interesses que ele tinha, sobretudo no setor elétrico. Agora, a reconquista da hegemonia promete ser literalmente eletrizante ou chocante para o desgoverno que tem uma base fiel reduzida e mais volátil que nunca. Os dois anos de gestão do Eduardo Cunha (que pode se reeleger como presidente da Câmara) custarão muito caro aos petistas em ritmo de perda de hegemonia.
Se a crise econômica se aprofundar, combinada a desastres conjunturais climáticos, junto com a eclosão de merda nos processos judiciais da Lava Jato ou da Corte de Nova York contra a Petrobras, Dilma vai sentir o que significa disputar poder no inferno. O negócio está como o diabo gosta. Pode ficar ainda mais diabólico.
A contagem regressiva para o impeachment de Dilma começou... Mas isto não significa que o impeachment venha a acontecer... A capacidade política de promover negociatas políticas no Brasil já se demonstrou insuperável. Assim, Dilma tem chances de continuar agonizando no poder. É assim que Eduardo Cunha e a maioria do Congresso prefere mantê-la. Dilma só cai se as crises gerarem ódio popular, causando ameaças efetivas ao status quo da politicagem. Com medo, inimigos e aliados de ocasião a derrubam facilmente. Sem temor, tudo continua do mesmo jeito até a eleição de 2018.
Crise de confiança
Inimigo oculto
Quem terá sido o senador que votou nulo na eleição para Presidente do Senado?
O dissidente Luiz Henrique conseguiu amealhar 31 votos, embora esperasse 46 votos...
Mas o Renan Calheiros reeleito para o quarto mandato presidencial, que venceu fácil com 49 votos, agora aguarda mais aliviado, com mais poder que sempre, o momento fatal em que seu nome vai aparecer naquela lista negra da Lava Jato...
Ameaça tentacular
Poder collorido
O senador alagoano e ex-presidente impedido Fernando Collor de Mello deve estar morrendo de rir da ironia da História Política no Brasil.
Na década de 90, o agora presidente da Câmara Eduardo Cunha startou sua vida política quando foi indicado por Collor para a poderosa presidência da estatal Telerj...
O presidente do Senado pela quarta vez, Renan Calheiros, depois de uma passagem inicial pelo PC do B, ganhou impulso de carreira política porque fez parte da intimidade de Collor...
Car Wash do Tio Sam
A Securities and Exchange Commission, xerife do mercado de capitais nos EUA, investiga se a Petrobras forneceu dados falsos nos relatórios anuais conhecidos como "Form 20-F".
Caso se confirmem os erros dolosos no preenchimento desses documentos obrigatórios, além de pagar multas e quase certas indenizações a investidores, a Petrobras pode sofrer uma punição fatal.
A suspensão da venda de seus papéis no mercado acionário norte-americano...
Hierarcas e Hierarcos
General Conselheiro
Em tempos de Petrolão, a dolorosa pergunta na caserna é quem será o indicado pelo Exército para assumir uma cadeira no Conselho de Administração da Petrobras.
Por tradição, o cargo é ocupado por quem deixa o cargo de comandante da Força Terrestre.
No caso, o indicado natural seria Enzo Peri para substituir Francisco de Albuquerque.
Aliás, tem militares cobrando do General Albuquerque qual foi a atuação crítica dele como conselheiro, diante de tantos escândalos ainda não totalmente lavados a jato pelo judiciário.
Alternativa Marinha
Mas já se especula que o jeton petrolífero pode ir para um outro militar, só que da Marinha.
O cotado seria o Almirante Júlio Moura Neto, ex-comandante da Armada.
Nos bastidores empresariais, comenta-se que ele teria o apoio da Odebrecht, que é parceira da Petrobras na Brasken, por causa da brilhante atuação do Almirante no programa de submarinos que é tocado por brasileiros e franceses, em parceria com a Odebrecht Defesa.
General Olímpico
Presidente da Autoridade Pública Olímpica, o General de Exército Fernando Azevedo Silva informou a O Globo que só aguarda uma sinalização do novo comandante do Exército, General Eduardo Villas Bôas, que toma posse em 12 de fevereiro, para saber a batalha que lutará durante os próximos meses:
"Eu sou da ativa e cumpro missão. Eu tenho sempre que estar em condições de voltar (para atuar no Exército). Estruturei a APO; lançamos a matriz de responsabilidades, que era fundamental; montei uma equipe técnica, que é muito boa; um sistema de monitoramento exemplar. Então, a APO está bem encaminhada. Insubstituível, ninguém é".
General de quatro estrelas desde 2011, integrante do Conselho Nacional de Esporte, Azevedo foi diretor do Departamento do Desporto Militar do Ministério da Defesa e um dos organizadores dos eficientes V Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro, em 2011.
Bandidos se salvaram...
Bandidos se salvaram...
Anderson Silva, ao anunciar que deseja se aposentar do UFC, fez uma revelação importante:
"Minha família me questiona desde que eu comecei a lutar. Minha mãe me chamava de maluco. Ela queria que eu fosse policial, como meus tios e primos. Mas, agora, preciso parar e conversar com eles".
Um Anderson policial... Já pensou quanta porrada a bandidada tomaria...
Tsunami econômico em Angola
Tsunami econômico em Angola
A cúpula petralha, sobretudo os que tem negócios com Angola, usando empresas "portuguesas" como laranjas, deve botar a barba de molho.
Desesperado com a contínua queda do preço do petróleo no mercado internacional, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos acaba de ordenar ao Ministério das Finanças para suspender, temporariamente, pagamentos ao exterior decorrentes de empreitadas públicas e imediata revisão, em baixa, do Orçamento Geral do Estado.
O jornal português Expresso informa que Santos mandou congelar as transferências de dividendos, de prestação de serviços e de importação de mercadorias.
Consequências
O pacote de austeridade preparado por Luanda, segundo apurou o Expresso, tem como prioridade o corte das importações de determinados bens de consumo como cervejas, refrigerantes e água mineral, majoritariamente provenientes de Portugal.
Alguns analistas, que sempre criticaram a política de desperdício e de gastos inúteis do Governo, não acreditam, no entanto, que as elites governamentais se venham a libertar dos vícios que as alimentaram no passado.
E, temem que, perante desemprego em massa, uma perigosa espiral de criminalidade, se venha a instalar no país um clima de protestos sociais de difícil controle.
Conclusão: como anda difícil viver em Angola e adjacências...
A Revolta do Sarney
03 de fevereiro de 2015
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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