"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

SENADOR ÁLVARO DIAS VAI PROPOR O IMPEACHMENT DE DILMA

 

Dias afirma que Dilma não tem mais condições de governar

Continuando a crise como vai, entre aumento de impostos, desemprego, recessão, supressão de direitos trabalhistas e cortes nos investimentos sociais, ousaria a presidente Dilma apelar para uma espécie de união nacional para evitar o pior? Abriria mão de sua arrogância para que se reunissem as diversas forças políticas, partidárias, econômicas e sindicais na busca de uma saída para o impasse?

Melhor seria perguntar como reagiriam os variados segmentos da sociedade para depois meditar sobre a viabilidade da iniciativa. E a resposta quem primeiro avança é a oposição, na palavra do senador Álvaro Dias, reeleito pelo PSDB do Paraná.

Em seu terceiro mandato, o ex-governador responde com um sonoro NÃO, acrescentando que antes de se cogitar na união nacional deveria ser votado o impeachment da presidente da República.
É total, para ele, a ausência de condições e de clima para um movimento de união, de tal envergadura, em torno do governo. Melhor que antes esse governo seja deposto, claro que dentro do ritual democrático e constitucional.

Álvaro Dias identifica unanimidade no ninho dos tucanos a respeito da rejeição de qualquer diálogo com os detentores do poder. E trabalha para apresentar o impeachment como saída para a crise. Tem consciência de que, mesmo divididas, as forças oficiais, no Congresso, atuariam para obstar a hipótese.

Seria preciso aguardar o climax, para ele inevitável, tendo em vista a incompetência do governo e do PT para agir no rumo de uma saída.
O importante, na quadra atual, é apontar os desmandos verificados e a impossibilidade de solução. Não dá, em seu entender, para aguardar quatro anos até que as eleições surjam como alternativa.

O rolo compressor da aliança PT-PMDB e penduricalhos só será implodido quando o fracasso nacional alcançar o máximo nível. Pode ser este ano, pode ser no próximo, mas aguardar 2018 será fatal para o país e as instituições.

ALGUNS FATORES

O impeachment parece algo inimaginável, mas, segundo o senador, dependerá de alguns fatores. Por exemplo: das evidências do conhecimento e do envolvimento das principais figuras do governo, a começar pelo Lula e por Dilma, nas lambanças da Petrobras e outras entidades controladas por eles.
Também o retrocesso imposto à economia e às finanças pelos que deveriam controlá-las. Um inusitado qualquer, ou seja, uma explosão popular, levaria de roldão as frágeis estruturas sustentadas pelos inquilinos do palácio do Planalto.

Em suma, começa a ser trilhado um caminho diferente, em condições de gerar o caos.
Seu desenvolvimento dependerá da capacidade de o governo e o PT impedirem que a população se desespere. Pelo jeito, até agora, não está acontecendo.

03 de fevereiro de 2015
Carlos Chagas

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