"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

NYT: JUROS NO BRASIL FARIAM AGIOTA AMERICANO SENTIR VERGONHA.

 Jornal destaca o lucro das lojas de penhores no país, citando taxas do cartão de crédito em mais de 240% ao ano



"Os juros praticados no Brasil fariam um agiota americano sentir vergonha." A afirmação foi feita pelo The New York Times (NYT), em reportagem publicada nesta semana. O jornal americano aborda os ganhos das lojas de penhores no Brasil, citando as taxas do cartão de crédito em mais de 240% ao ano e 100% cobrados por empréstimos bancários. Conforme o NYT, "o crescente sucesso das lojas de penhores é o mais recente sinal de que a orgia de endividamento dos consumidores do país pode estar chegando ao seu limite”.
Em um cenário de desaceleração econômica e de dificuldade para pagar contas, as lojas de penhores se apresentam como alternativas que crescem, na contramão de outras formas de crédito. A Caixa Econômica Federal, que detém o monopólio do serviço, planeja dobrar o número de agências que oferecem esse tipo de empréstimo até o final do ano que vem. 
Segundo a reportagem, de junho de 2004 a junho de 2014, o crédito ao consumidor aumentou 658%, alcançando 297 bilhões de dólares, enquanto os empréstimos oferecidos por penhoras pela Caixa mais do que dobrou nos últimos quatro anos, atingindo 670 milhões de dólares. 
O NYT explica que as lojas de penhores são usadas para quitar as dívidas do cartão de crédito, cobrir despesas imprevistas ou oferecer linhas de crédito mais baratas. A reportagem também remonta as origens do serviço, cujo monopólio por parte da Caixa veio do governo Getúlio Vargas. Para baixar os juros, o presidente aboliu as lojas de penhores particulares em 1934.

23 de dezembro de 2014
camuflados

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