"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PESQUISA MOSTRA QUE 68% RESPONSABILIZAM DILMA POR CORRUPÇÃO




De cada 10 brasileiros, 7 acham que a presidente Dilma Rousseff tem alguma responsabilidade no escândalo da Petrobras, envolvendo empreiteiras e políticos.
É o que mostra a pesquisa Datafolha realizada em 2 e 3 de dezembro com 2.896 entrevistas.
Apesar disso, as revelações da Operação Lava Jato não provocaram alteração relevante em sua imagem.

Para 42%, a gestão Dilma é boa ou ótima. É a mesma taxa de 21 de outubro, quando, no final da eleição– com propaganda diária na TV–, ela atingiu seu melhor patamar desde junho de 2013.
Já a desaprovação sofreu leve mudança: eram 20% os que julgavam Dilma ruim ou péssima, são 24% agora. A margem de erro é de dois pontos.

A petista chega à véspera do início de seu segundo mandato com 50% do eleitorado achando que ela fará um bom governo daqui para frente.

O patamar é 23 pontos menor que o observado antes da posse de 2011, porém melhor que o do tucano Fernando Henrique Cardoso na véspera de seu segundo mandato, em 1998 (41%). O Datafolha não fez essa pergunta antes da segunda posse de Lula.

PUNIÇÃO AOS CORRUPTOS

Outros dados dão pistas sobre a razão da imobilidade da popularidade de Dilma apesar da associação de seu nome com o caso Petrobras.
A preocupação com a corrupção tem caído. Em junho, era o principal problema do país para 14%.

Agora, para apenas 9%. Saúde segue líder desse ranking com 43% das citações; seguida de violência/segurança, com 18%.
Além disso, 40% acham que nunca houve tanta punição aos corruptos como hoje.

23 de dezembro de 2014
Deu na Folha

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Que coisa interessante! Por onde andavam esses brasileiros? Afinal de contas, se em cada 10 eleitores, sim porque cada pesquisado é um eleitor, 7 consideram Dilma responsável pela corrupção, creio que não erro que tais 68% escolheram a corrupção!
Acreditar na pesquisa, é acreditar que 68% dos eleitores são a favor do tal "jeitinho brasileiro"?
Para o lado que voltamos a cabeça, há sempre alguém descontente com a saúde, ora com a segurança pública, ora com a inflação, ora com a educação... Mas elegeram a continuidade de um governo que em parte responde pela continuidade da incompetência para gerir o país.
Essa tal democracia à brasileira, ou democracia "amestrada", não me convence... Há mudanças? Há... Demoradas, amarradas tanto quanto possível. Mas há, e dentre elas aponto duas que realmente desencadearam todo esse alvoroço - mas notem, porém, que já vêm de outros tempos.
Se a operação Lava-jato foi possível, devemos dar o crédito a essas duas instituições, criadas a partir dos anos 1990, que ampliaram as chances de detectar, investigar e conduzir os resultados a punições exemplares, que parece assegurada.
A primeira delas, a Lei 9613/98 (lavagem de dinheiro) nascida da adesão do Brasil à Convenção de Viena (1988).
A segunda  adveio com a Lei 8072/90 (delação premiada), que ao reduzir a pena do acusado, torna possível entregar os cúmplices, assim reduzindo a condenação, e dando cara aos demais membros da quadrilha.
Mas são mudanças demoradas, nascidas da inclusão do país no cenário internacional, no processo de globalização, nos novos modelos de fraudes econômicas.
Tal demora é muito conveniente para eternizar as mesmas caras e bigodes no parlamento. Nada muda, senão lentamente. Uma democracia quase imutável que se ampara em eleições viciadas, que os candidatos cinicamente chamam de democráticas...
Realmente, essa democracia numérica não me convence...
m.americo

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