Discurso de Dilma sobre a economia aponta na direção do agravamento da crise em 2016
No debate realizado pela Band, na noite de terça-feira (14), a candidata petista Dilma Rousseff voltou a insistir no tema que emoldura sua campanha: “governo novo, ideias novas”.Não há como acreditar em alguém que teve quatro anos para mostrar doses mínimas de disposição para mudar o País, mas nada fez. Na verdade, Dilma conseguiu a proeza de colocar o Brasil na rota do descrédito e a um passo do despenhadeiro da crise econômica.
Quando ouve críticas a respeito da equivocada política econômica do seu governo, a presidente-candidata, que nada tem a dizer, se limita a acusar os críticos de pessimismo.
Como a palavra pessimismo não consta do dicionário do ucho.info, nós continuamos defendendo a tese de que Dilma é uma ode à incompetência que acredita ser a versão de saias de Aladim, o gênio da folclórica lâmpada maravilhosa.
Que Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, é um incompetente desastrado todos sabem, mas não se pode esquecer que a decisão final em termos de economia sempre foi, como ainda é, de Dilma Rousseff. Ou seja, a culpa pela débâcle da economia verde-loura é única e exclusivamente da candidata petista.
No momento em que Dilma, por meio de decreto presidencial, determinou que o reajuste do salário mínimo estaria vinculado à variação da inflação medida pelo IPCA e ao crescimento econômico do ano anterior, o ucho.info não demorou a afirmar que a decisão do governo era um tiro de canhão pela culatra, se é que em termos técnicos isso é possível.
Na ocasião, o nosso alerta tomou por base o fraco desempenho da economia e a incapacidade do governo em reverter a crise, mesmo que minimamente. Como sempre, os palacianos acionaram a tropa de terroristas cibernéticos, que passaram a nos atacar de forma insidiosa apenas porque o governo não aceita críticas e desconhece o contraditório.
A candidata tem falado nos debates e nos eventos de campanha e retomada do crescimento, mas qualquer calouro de faculdade de Economia sabe que essa promessa é impossível de ser cumprida no curto prazo, como tem alardeado a petista. A razão é muito simples e não exige quantidade extra de neurônios.
Considerando que o crescimento do PIB em 2014 deve ficar próximo de zero, em 2016 o reajuste do salário mínimo se dará com base no IPCA do próximo ano. Como a inflação oficial está muito aquém da inflação real (20% ou mais), qualquer aumento numérico do salário mínimo será mera obra de ficção de um governo perdido e paralisado.
Dilma, ao longo do debate da Band, exaltou algumas vezes o fato de 70% da população brasileira ganhar até dois salários mínimos. E o fez como se isso fosse a maior de todas as proezas. Na verdade, de acordo com dados do IBEG, dois terços da população brasileira recebem mensalmente menos de dois salários mínimos.
Isso significa que cada integrante dessa massa de pessoas coloca no bolso, a cada trinta dias, algo em torno de R$ 1,2 mil. Para desmontar o ufanismo boquirroto de Dilma basta fazer uma consulta de preços em São Paulo, a maior cidade brasileira, onde o aluguel de um quarto em pensão considerada mequetrefe custa R$ 600 por mês.
A grande questão é que em 2016 a crise econômica será ainda mais grave, uma vez que o brasileiro não terá condição de consumir, exceto o básico para uma sobrevivência indigna, por conta da redução do poder de compra do salário, derretido no vácuo do encolhimento do PIB e da inflação fora de controle.
Isso aumentará o endividamento das famílias e turbinará a inadimplência, que já está em níveis preocupantes. Mesmo assim, Dilma acredita que deve ser reeleita, pois, segundo a petista, o seu partido é a derradeira solução do universo. A sorte é que, diz a lenda, Deus é brasileiro. Tomara que isso seja verdade!
15 de outubro de 2014
ucho.info
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