Pelas contas da consultoria do ex-diretor do Banco Central Francisco Lopes, serão cerca de 4,2 milhões de votos a mais, contingente equivalente aos eleitores de Goiás. Em agosto, na véspera do acidente que matou o então candidato do PSB, Eduardo Campos, a Macrométrica projetou a vitória de Aécio por uma diferença de 2,6 pontos percentuais. Para isso, usou o modelo de análise do editor-chefe do site "FiveThirtyEight", Nate Silver, famoso por acertar o resultado em todos os 50 Estados na eleição presidencial americana de 2012.
Com a morte de Campos, Aécio caiu para terceira posição com a entrada de Marina Silva na disputa, e as projeções passaram a apontar a vitória da candidata do PSB no segundo turno por 53,1% a 46,9%. Na nova projeção, que já leva em conta a conversão dos votos de Marina no segundo turno, Aécio chegará com 51,9% e Dilma com 48,1%.
De acordo com a análise de Macrométrica, o percentual de votos não comprometidos caiu de 32,1% no primeiro turno para 10% nas primeiras pesquisas do Ibope e do Datafolha. Aécio também registrou um fator de conversão de 71% contra 29% de Dilma.
Para que a atual presidente reverta essa tendência, a taxa de conversão de Aécio precisa cair para 64%. Isso equivale a um esforço para recuperar pelo menos 1,5 ponto percentual ou 2,1 milhões de votos, um pouco menos do que o número de eleitores do Espírito Santo. Nesse caso, as pesquisas apontariam Dilma à frente com 45,5% dos votos contra 44,5% para Aécio.
No relatório distribuído pela consultoria aos clientes, o maior risco ao candidato do PSDB apontado é que a recente onda favorável a Aécio seja reflexo da recuperação conseguida pelo candidato no primeiro turno, que pode perder força, principalmente entre os eleitores menos informados. "A história da campanha de Marina no primeiro turno não nos permite descartar essa possibilidade", afirma.
(Valor Econômico)
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