"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

POR QUE BARROSO ATRASA A DIVULGAÇÃO DOS DEPOIMENTOS

       

Por que Barroso se mete no trabalho de Teori Zavascki?
 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Roberto Barroso pediu ao ministro Teori Zavaski informações sobre a solicitação de acesso à delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras.  Com isso, a decisão sobre conceder ou não acesso aos áudios não deverá sair nos próximos dias.

O presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), tinha solicitado a Zavascki, responsável pelo processo no STF, o acesso aos depoimentos, mas recebeu resposta negativa porque a delação ainda não tinha sido homologada pela Justiça.
Agora, Barroso, relator do novo mandado de segurança, impetrado ontem (15), pede que Zavaski preste informações sobre o caso em um prazo de dez dias.

Barroso explicou que não há “urgência suficiente” no caso para justificar uma decisão apenas com base nos argumentos do parlamentar.  “Segundo a própria petição inicial, o prazo do relatório final expira apenas em dezembro [salvo se houver prorrogação], o que permite que se colham previamente as informações da autoridade impetrada e a manifestação do procurador-geral da República, segundo o rito célere do mandado de segurança”, disse Barroso, em seu texto.

Paulo Roberto Costa foi preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investigou crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Ele aceitou colaborar com a Justiça em troca da redução da pena, se for condenado. Parte de seu depoimento, no qual são citados nomes de autoridades do Executivo e do Legislativo federal envolvidas em corrupção, foi divulgada pela imprensa.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGFica no ar uma pergunta instigante, inquietante e intrigante: por que o ministro Barroso, em plena campanha eleitoral, subitamente se interessou em atrasar a divulgação das sensacionais revelações do ex-diretor da Petrobras e do doleiro, a ponto de se imiscuir no processo de outro ministro do Supremo, que nem em pauta está? Seria Barroso corregedor do Supremo? Ah, Brasil! (C.N.)

20 de outubro de 2014
Marcelo Brandão
Agência Brasil 

 

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