"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A AUTONOMIA DEUM GOLPE: DISSECANDO A "REFORMA POLÍTICA" COM A QUAL O PT AMEAÇA O BRASIL


 

O néscio, fazendo a única
coisa que sabe fazer: pose
 

Recentemente foi realizado o “Plebiscito Constituinte”, que pode dar início a um processo que mudará drasticamente a cara do Brasil. Clamando por uma “Constituinte exclusiva e soberana do sistema político”, a iniciativa do PT — em conjunto com diversos movimentos sociais, sindicatos, e outras entidades — faz parte de um esforço maior, que tem como objetivo alcançar aquilo que eles chamam de “reforma política”.
 
Este processo, iniciado há anos, pede a convocação de um poder originário para mudar “as regras do jogo” e REFUNDAR todo o Estado brasileiro. O escopo deste texto é expor as origens dessa proposta, os objetivos dela e os possíveis próximos passos dos envolvidos, bem como as consequências da sua consolidação.

Introdução
Quem conhece a História sabe que o PT não chegou ao poder com intenções de permanecer disputando eleições no atual sistema político por muito tempo.
Já durante os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte de 1987-1988, a formação do atual sistema, o PT apresentou um projeto de constituição socialista, de autoria do jurista Fábio Komder Comparato, que foi rejeitado. Projeto esse que, conforme foi confessado por Luís Inácio no ano passado, tornaria o país ingovernável.
 
Essa rejeição fez com que o PT votasse contra o texto da atual Constituição Federal, por não ser socialista o suficiente para os padrões petistas.
Até o final da década de 90, o PT ainda não acreditava que era possível chegar ao poder democraticamente e sonhava em liderar uma revolução, como disse Luís Inácio em 2002
 
“A tese era assim: não havia espaço para a [extrema] esquerda chegar ao poder via eleitoral, em 98. Que, portanto, não tinha que ficar preocupado em disputar eleição. Tinha que pensar em organizar a sociedade. Dali [a] vinte ou trinta anos, a gente [sic] ia ter 30% da sociedade já socialista, e aí sim a gente poderia disputar o poder e ganhar. Mas eu não vou viver mais trinta anos, e eu quero chegar ao poder logo. O que eu faço com Olívio Dutra, que vai ser candidato a governador? Eu peço pra ele não ser candidato e ficar organizando a sociedade socialista antes? Ou eu quero que ele ganhe as eleições, que vereadores do PT se elejam, que prefeitos... e a gente vai mudando a relação do Estado com a sociedade e vai construindo isso”. 

Eis o ponto: mudar a relação do Estado com a sociedade visando estabelecer um regime político de cunho socialista. Esse é o norte do projeto petista e é para isso que eles fomentam a criação de novas relações de poder, sob a égide de “criar mecanismos de participação e controle social” para“ampliar e consolidar a democracia”; mas que, na prática, significam exatamente o contrário.
 
A estratégia consiste basicamente em manter um leque de “movimentos sociais” atuando nos meios estudantil, sindical, rural etc. (a exemplo da UNE, da CUT e do MST) que são tratados pelo governo como representantes legítimos do povo e, a partir daí, criar ferramentas políticas que aumentem o poder destes movimentos e, consequentemente, do PT; tudo feito a partir da desculpa de dar mais voz ao povo.
A mais notável medida tomada pelo PT neste sentido foi o Decreto 8.243, de maio deste ano, que institui os “conselhos sovietes” na administração de todos os órgãos públicos; formados por coletivos não-eleitos, sob a tutela do “czar” dos movimentos sociais e ministro-chefe da secretaria-geral da presidência, Gilberto Carvalho.
 
O famigerado ‘decreto bolivariano’ provavelmente foi o maior atentado à democracia desde a redemocratização do país e sua criação faz parte do processo de reforma política petista. O objetivo deles é que o desfecho final dessa reforma seja a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte e eles estão "fazendo o diabo" para alcançar essa meta.
 

20 de outubro de 2014
Do Blog - Meu professor de história mentiu para mim

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