"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

AÉCIO QUESTIONA DILMA: PARA PROTEGER O TESOUREIRO CORRUPTO DO PT, ELA DIZ QUE "NÃO SABE" QUEM ROUBOU A PETROBRAS


 
Ontem, no debate da Record, instada por Aécio a tomar uma posição sobre o envolvimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na roubalheira da Petrobras, Dilma voltou ao velho " não sabia". Vaccari continua no cargo de conselheiro da Itaipu Binacional onde, segundo Aécio, ele pode estar cometendo o mesmo tipo de delito. 
Antes do debate, em entrevista, Dilma Rousseff (PT) já havia antecipado a sua resposta, ao dar entrevista aceitando que que,existem "indícios claros" de que houve desvio de dinheiro na Petrobras, mas que ainda não se sabe "quem de fato cometeu esses crimes". A declaração foi dada em entrevista coletiva em São Paulo após a petista ter sido questionada sobre o suposto envolvimento de sua ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, no escândalo envolvendo a estatal. 
 
"Os indícios são claros de que houve desvio, senão não teria havido delação premiada [do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa], nem essa investigação. Mas não sei, nem aqui ninguém sabe, quanto [foi desviado], nem quem [desviou]", disse.
 
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", o ex-diretor Paulo Roberto Costa disse ao Ministério Público Federal que o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha da ex-ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao Senado nas eleições de 2010. Gleisi nega. Eleita para o Senado naquele ano, Gleisi licenciou-se para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil com a posse da presidente Dilma Rousseff. Nas eleições deste ano, Gleisi concorreu ao governo do Paraná e terminou a disputa em terceiro lugar. 
 
Para Dilma, todas as informações que existem até agora sobre o caso são provenientes de "vazamentos de todos os lados". E, apesar de ponderar que não se sabe se "os vazamentos são ou não efetivos", afirmou que "se forem consistentes, todo mundo está comprometido". Dilma afirmou ainda que irá tomar "todas a medidas" para garantir o ressarcimento da Petrobras e "para que quem desviou o dinheiro seja punido". 
 
Acesso
 
A petista chegou a pedir acesso às informações da delação ao Ministério Público e ao ministro Teori Zavascki, do STF, responsável pelo processo, mas ambos alegaram "sigilo" da operação. "Se eu não posso saber o que foi revelado na delação, por que alguém pode?", questionou ao se referir aos vazamentos. "Eu tenho interesse em proteger o governo disso. Quero tomar as providências para que o governo não sofra consequências", completou. 
 
No sábado (18), a presidente havia admitido pela primeira vez que houve desvio de recursos na Petrobras."Farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. Se houve, não. Houve, viu?", afirmou a presidente.
 
O senador Aécio Neves, candidato à Presidência pelo PSDB, afirmou ontem, antes do debate, que a admissão de Dilma sobre desvios na Petrobras é "um avanço" tardio. "Reconheço que é um avanço a presidente pelo menos admitir que isso aconteceu. Talvez um pouco tarde, mas admissão é algo positivo.", disse o senador, antes da caminhada na praia de Copacabana, zona sul do Rio. 
 
O tucano, contudo, cobrou posicionamento de Dilma em relação às citações ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no depoimento de Paulo Roberto Costa. "Não vi até agora uma atitude da presidente em relação àquele denunciado pelo ex-diretor da Petrobras como receptor da parcela que caberia ao PT, que é seu tesoureiro". 
 
O candidato do PSDB lembrou a resistência de parlamentares do PT em criar uma CPI para investigar a corrupção na estatal. "O discurso do PT era de que aquilo era um factoide. Não existia nada daquilo. Quantas vezes eu ouvi que o Aécio queria denegrir a imagem da Petrobras?" Um carro de som da campanha do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) acompanhou a carreata. O candidato à reeleição ao governo do Rio não foi ao evento. Ele afirma apoiar Dilma, mas tem o apoio do PSDB.
 
(Folha Poder).
 
20 de outubro de 2014
in coroneLeaks  

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