BRASÍLIA - Sabe qual a principal conclusão do Datafolha publicado nesta sexta (6)? Que o eleitor e a eleitora estão de mau humor, insatisfeitos e sem conseguir enxergar a luz no fim do túnel, ou melhor, "aquele" candidato na cédula.
Esse cenário é ruim para a política, para a eleição e principalmente para os candidatos, mas quem mais sai perdendo é quem disputa a reeleição. Mesmo com todos os seus instrumentos à mão, mesmo com todas as entrevistas, mesmo com a maior coligação partidária do planeta --ou seria justamente por causa de tudo isso?-- Dilma continua perdendo pontos. Desde fevereiro, lá se foram dez pontos. Não é desprezível.
Curiosamente, porém, nenhum dos expoentes da oposição consegue entrar no vácuo e colher os votos que Dilma vai deixando aos punhados pelos descaminhos da economia, com crescimento ridículo, preços altos e juros altíssimos, sem nenhuma explicação plausível para o digníssimo público leitor e eleitor. Nem explicação, nem porta de saída para um ambiente melhor.
Aécio Neves, que ganhara fôlego com a propaganda do PSDB na TV, estacionou depois disso, oscilando da marca dos 20% para 19%. E Eduardo Campos, que precisava correr muito, coitado, está comendo poeira e se aproximando constrangedoramente do Pastor Everaldo, que seria importante para haver segundo turno, mas nem é mais tanto.
Pela trajetória dos índices, o segundo turno hoje está virtualmente garantido. Dilma tem apenas 34%, contrariou as expectativas de crescimento e mantém a tendência descendente no final do primeiro semestre. Nada indica que terá munição para entrar em alta no segundo.
Aliás, o Datafolha joga luz sobre a fragilidade de Dilma, e fortalece as incertezas sobre sua capacidade de ganhar, justamente no momento decisivo das convenções partidárias. O PMDB, o PSD, o PP e o PR estão com ela, certo? Certo, mas eles têm imenso instinto de sobrevivência.
Esse cenário é ruim para a política, para a eleição e principalmente para os candidatos, mas quem mais sai perdendo é quem disputa a reeleição. Mesmo com todos os seus instrumentos à mão, mesmo com todas as entrevistas, mesmo com a maior coligação partidária do planeta --ou seria justamente por causa de tudo isso?-- Dilma continua perdendo pontos. Desde fevereiro, lá se foram dez pontos. Não é desprezível.
Curiosamente, porém, nenhum dos expoentes da oposição consegue entrar no vácuo e colher os votos que Dilma vai deixando aos punhados pelos descaminhos da economia, com crescimento ridículo, preços altos e juros altíssimos, sem nenhuma explicação plausível para o digníssimo público leitor e eleitor. Nem explicação, nem porta de saída para um ambiente melhor.
Aécio Neves, que ganhara fôlego com a propaganda do PSDB na TV, estacionou depois disso, oscilando da marca dos 20% para 19%. E Eduardo Campos, que precisava correr muito, coitado, está comendo poeira e se aproximando constrangedoramente do Pastor Everaldo, que seria importante para haver segundo turno, mas nem é mais tanto.
Pela trajetória dos índices, o segundo turno hoje está virtualmente garantido. Dilma tem apenas 34%, contrariou as expectativas de crescimento e mantém a tendência descendente no final do primeiro semestre. Nada indica que terá munição para entrar em alta no segundo.
Aliás, o Datafolha joga luz sobre a fragilidade de Dilma, e fortalece as incertezas sobre sua capacidade de ganhar, justamente no momento decisivo das convenções partidárias. O PMDB, o PSD, o PP e o PR estão com ela, certo? Certo, mas eles têm imenso instinto de sobrevivência.
10 de junho de 2014
Eliane Cantanhede, Folha de SP
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