"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

DILMA AVISA: ESTÁ COM MEDO DOS DEBATES


Em 2010, Dilma trocou um debate da Igreja Canção Nova pelas canções de um CD do Pato Fu. Em 2014, a sua cadeira deverá ficar vazia em muitos debates, por puro medo de enfrentar o novo.
 
O presidente do PT, Rui Falcão, acredita que há debates eleitorais demais no Brasil, o que está levando o modelo à “banalização”. Para ele, o número precisa ser reduzido e os veículos de comunicação deveriam fazer consórcios para a realização deste tipo de evento. “O excesso de debates bloqueia muito a agenda dos candidatos e ao mesmo tempo cria sensação de déjà vu, vai repetindo perguntas e respostas (...) temos que valorizar mais os debates, que estão se banalizando pelo excesso”, disse Falcão.
 
A postura do petista contrasta com a do partido há alguns anos. Em 1998, quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se recusou a participar de debates, foi duramente criticado pelo PT. Hoje, com seu partido no governo central, Falcão acredita não só que há excesso de debates, mas também afirma que eles prejudiquem a agenda dos candidatos, que mobilizam cerca de três dias para cada evento.
 
“Caso aconteçam 10 debates durante a eleição, um mês da agenda dos candidatos será tomado somente com debates.” Questionado sobre a participação da presidente Dilma Rousseff, Falcão disse que ela deve participar de “alguns” debates. Não quis, no entanto, dizer quantos. Dentro do PT, comenta-se que ela deve participar de dois ou três.
 
“Os eleitores gostam do contato direito, da presença, da simpatia (...) a presidenta fez muitos debates na campanha de eleição (...) vamos propor a quem nos convida para tentar fazer junção dos veículos para valorizar os debates e permitir que os candidatos viagem mais e tenham mais contato direto com os eleitores”, disse.
 
Na eleição passada, Dilma participou de cinco debates de TV e de um online promovido pela Folha e pelo UOL, empresa do Grupo Folha. No segundo turno ela debateu com o então candidato José Serra (PSDB) em quatro ocasiões.
 
De 1989 para cá controvérsias têm marcado os debates eleitorais. Em 2006, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou uma estratégia por ele criticada em eleições anteriores e não participou de debates no primeiro turno das eleições. No último evento, promovido pela Globo, em vez de debater, ele participou de um comício. À época, sua equipe acreditava que ele venceria a disputa sem a necessidade de um segundo turno.
 
Durante o evento, sua cadeira vazia foi mostrada na TV e o petista foi alvo de críticas. A eleição foi para o segundo turno. Antes disso, em 1998, na tentativa de reeleição, foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que não participou de debates. No seu caso, venceu a eleição no primeiro turno.
Em 1989, o então candidato Fernando Collor de Mello, que viria a ser eleito e se tornaria o primeiro presidente a sofrer um processo de impeachment, não quis participar de debates no primeiro turno. Naquela eleição, 22 disputaram o cargo mais alto da República na primeira eleição direta desde a redemocratização. No segundo turno, Collor e Lula debateram, naquele se tornou um evento considerado de grande relevância para a eleição de Collor.
 
(Folha Press)

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