O país assiste ao esforço do governo federal no sentido de assegurar as condições mínimas ao êxito da Copa do Mundo, em meio a ameaças de radicalização dos protestos e do prenúncio de greves nos serviços públicos.
Como afirmou ontem o ministro Aldo Rebelo, do Esporte, ao comentar as manifestações, é preciso reconhecer o legítimo direito de reivindicação de categorias profissionais.
Como afirmou ontem o ministro Aldo Rebelo, do Esporte, ao comentar as manifestações, é preciso reconhecer o legítimo direito de reivindicação de categorias profissionais.
Mas que se estabeleça, ao mesmo tempo, a clara distinção entre apelos específicos de servidores, de um lado, e de outro as articulações oportunistas feitas às vésperas do evento.
O que essas últimas buscam é unicamente tumultuar um evento que atrai as atenções do mundo para o Brasil.
Não há como justificar atitudes muitas vezes abusivas ou violentas no contexto de críticas explicitadas com civilidade por setores que se opõem à realização do Mundial.
Professores, policiais militares, bombeiros, rodoviários e outras categorias já vêm se mobilizando, em vários Estados, em paralisações que ocorrem a poucos dias da abertura da Copa.
Em muitos casos, fica evidente a relação entre as greves, a retórica de suas lideranças e o propósito de constranger governantes. Fomenta-se uma tentativa de confusão, que mistura posições críticas bem fundamentadas a um deliberado esforço de boicote ao evento.
É natural que expressivo contingente de brasileiros se manifeste contra gastos públicos na Copa e reclame maior transparência na aplicação dos recursos. Entende-se igualmente que acontecimentos com essa dimensão provoquem reações de contrariedade, pelos mais variados motivos, por não serem percebidos como prioridade.
Mas é inconcebível que, em nome de discordâncias ideológicas e políticas camufladas em atos sindicais, a grande maioria seja perturbada pelas vozes do derrotismo.
A própria sociedade saberá avaliar a índole de parte dos envolvidos em manifestações públicas, como as anunciadas para esta quinta-feira nas cidades-sede. O que mais preocupa, no entanto, no momento é a abordagem preventiva de uma questão prática, de curto prazo, igualmente ameaçadora.
É o risco concreto de paralisação de categorias que congregam cerca de 500 mil servidores, que o próprio governo subestimou, ao não estabelecer garantias mínimas, apoiadas na legislação, de funcionamento de serviços essenciais durante a Copa.
É preocupante que policiais federais, auditores da Receita e servidores do INSS considerem a possibilidade de parar no período dos jogos. A Copa sempre foi, em todos os países que a sediaram, um momento excepcional e assim deve ser tratada.
Eventuais vantagens dos que conspiram contra a festa terão sido obtidas por minorias, em relação ao desejo maior de êxito do Brasil como anfitrião do Mundial. Este desejo, e não o dos que pretendem tornar o país refém de suas atitudes, é o que deve prevalecer.
O que essas últimas buscam é unicamente tumultuar um evento que atrai as atenções do mundo para o Brasil.
Não há como justificar atitudes muitas vezes abusivas ou violentas no contexto de críticas explicitadas com civilidade por setores que se opõem à realização do Mundial.
Professores, policiais militares, bombeiros, rodoviários e outras categorias já vêm se mobilizando, em vários Estados, em paralisações que ocorrem a poucos dias da abertura da Copa.
Em muitos casos, fica evidente a relação entre as greves, a retórica de suas lideranças e o propósito de constranger governantes. Fomenta-se uma tentativa de confusão, que mistura posições críticas bem fundamentadas a um deliberado esforço de boicote ao evento.
É natural que expressivo contingente de brasileiros se manifeste contra gastos públicos na Copa e reclame maior transparência na aplicação dos recursos. Entende-se igualmente que acontecimentos com essa dimensão provoquem reações de contrariedade, pelos mais variados motivos, por não serem percebidos como prioridade.
Mas é inconcebível que, em nome de discordâncias ideológicas e políticas camufladas em atos sindicais, a grande maioria seja perturbada pelas vozes do derrotismo.
A própria sociedade saberá avaliar a índole de parte dos envolvidos em manifestações públicas, como as anunciadas para esta quinta-feira nas cidades-sede. O que mais preocupa, no entanto, no momento é a abordagem preventiva de uma questão prática, de curto prazo, igualmente ameaçadora.
É o risco concreto de paralisação de categorias que congregam cerca de 500 mil servidores, que o próprio governo subestimou, ao não estabelecer garantias mínimas, apoiadas na legislação, de funcionamento de serviços essenciais durante a Copa.
É preocupante que policiais federais, auditores da Receita e servidores do INSS considerem a possibilidade de parar no período dos jogos. A Copa sempre foi, em todos os países que a sediaram, um momento excepcional e assim deve ser tratada.
Eventuais vantagens dos que conspiram contra a festa terão sido obtidas por minorias, em relação ao desejo maior de êxito do Brasil como anfitrião do Mundial. Este desejo, e não o dos que pretendem tornar o país refém de suas atitudes, é o que deve prevalecer.
16 de maio de 2014
Editorial Zero Hora
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